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Artigo Sexta-feira, 28 de Fevereiro de 2020, 00:00 - A | A

28 de Fevereiro de 2020, 00h:00 - A | A

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Animais de ruas precisam de controle e de amor



 

A reivindicação apresentada pela Associação Amamos  Animais [que cobra do poder público municipal uma estrutura de acolhimento aos animais de rua] é uma pauta de interesse comum, que diz respeito a toda a sociedade.

Vale frisar que o que está sendo cobrado é uma responsabilidade inerente a prefeitura municipal, que tem a obrigação de zelar pelo bem estar da população. Portanto, quando se cobra que a prefeitura disponibilize vacinas e castrações para estes animais e também para animais de famílias de baixa renda, está se cobrando algo que a prefeitura teria o dever e a obrigação de fazer. Se não o faz, está sendo omissa diante com suas atribuições.

Cuidar de cachorros em situação de abandono é uma atitude que vai muito além de ‘amar os animais’. É resguardar e proteger a população, das muitas doenças que podem ser transmitidas e disseminadas pelos animais que não são vacinados e que estão soltos nas ruas.

Portanto, a prefeitura não pode simplesmente escusar- se de suas atribuições. E já que há uma associação da sociedade civil predisposta a ajudar na solução deste problema social, é imprescindível que a gestão do município estabeleça parceria, e passe a fazer a sua parte diante desta questão.

Animais domésticos abandonados não é um problema exclusivo de Alta Floresta. Muitas metrópoles tiveram que encontrar soluções para cuidar do crescente número de animais que vagam soltos pelas ruas. Até mesmo porque não se pode simplesmente ignorar que eles existem.

O que a prefeitura terá que implantar na cidade é um Centro de Zoonoses. Um local onde os animais são abrigados e recebem todos os cuidados necessários para seu bem estar. E após, encaminhados para possíveis adoções.

 

Uma estrutura assim, tem um custo para o município. Mas este investimento pode até ser protelado, mas não há como não o enfrentar. E na medida que o tempo passar, só irá se agravando. A prefeitura não poderá continuar a fingir que o problema não é dela. Terá que fazer a sua parte na busca por uma solução.

 E isto poderia ser feito em parceria com entidades como as associações que se dedicam [por amor] a causa destes animais. Afinal, a responsabilidade deve partir do poder público, mesmo que seja extensiva a toda a sociedade.

Todavia, o problema passa também pela conscientização da população. A falta de informação da sociedade contribui para o excesso de gatos e cães nas ruas. Portanto, a participação do poder público é imprescindível para que haja um controle. 

Um controle não significa capturar e eliminar estes animais. Primeiro porque são criaturas de Deus, que tem direito a viver. O que eles precisam é de comida, de casa e de carinho. E isto deve partir de nós, que somos os racionais deste contexto.

 Não é por acaso que existe aquele velho ditado que o “cachorro é o melhor amigo do homem”.

Há milhares de anos o cachorro convive em harmonia com os humanos. Há estudiosos que defendem que a domesticação do cachorro ocorreu ainda na era glacial [no pleistoceno] há 12 mil anos. Outros vão mais além, afirmando que a domesticação destes animais remonta há 27 mil anos.

O certo, no entanto, é que a arqueologia atesta que os cães chegaram ao Brasil muito antes do que os europeus, a cerca de 1.700 anos.  Sendo assim, cabe a nós retribuir um pouco do carinho e da alegria que estes incríveis animais nos dedicam...

 

José Vieira do Nascimento é Editor e diretor responsável de Mato Grosso do Norte, E-mail: [email protected]

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