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Artigo Quarta-feira, 05 de Julho de 2017, 00:00 - A | A

05 de Julho de 2017, 00h:00 - A | A

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E aí, vai deixar a peteca cair logo na sua vez?



Hoje quero falar a respeito de um jogo, semelhante a um jogo de peteca. Falo do jogo político-democrático, no qual os “jogadores comuns” somos nós, cidadãos, e os “donos da peteca” são os políticos eleitos para nos representar. Todos, pequenos ou grandes jogadores, devem participar desse jogo e, para isso, devem compreender as regras e prestar atenção em cada jogada. Esse jogo precisa ser jogado não pela competição em si (para ter o poder), mas pelo resultado final que se pretende alcançar (o bem de toda a coletividade).
Em algum momento, os “donos da peteca” quiseram controlar todo o jogo e, para isso, distorceram regras. Quebraram o pacto. Romperam. Corromperam. Mas o jogo continua, ele precisa continuar. Sem ver sentido em “jogar por jogar” e não mudar o resultado, os jogadores comuns começam a distorcer regras mais básicas. Pequenas corrupções, que acabaram ganhando o rótulo de “jeitinho brasileiro”, tentando deixá-las mais simpáticas, mais inocentes.
E o jogo continua, e os resultados que todos esperam não aparecem. Permanece ainda a injustiça, a desigualdade, a impunidade. Vendo tudo isso, eu me faço três perguntas.
Nós devemos mudar as regras do jogo? Sim, e é urgente que essa mudança aconteça. Porque regras corrompidas levam a uma distorção do sentido real, daquele que todo brasileiro, no fundo, espera: democracia, solidariedade, justiça social.

o jogo continua, e os resultados que todos esperam não aparecem

Nós podemos mudar as regras desse jogo? Sim, nós temos instrumentos para isso! Podemos mudar com a participação e o interesse de todos, com transparência e ética, e com uma educação voltada para a formação cidadã. Porque onde predominam a educação, a transparência e a ética, a corrupção não tem vez!
Nós queremos mudar essas regras? Bom, talvez os “donos da peteca” não queiram, porque tiram proveito da corrupção e tentam nos convencer de que a mudança não é possível e nem mesmo necessária. Mas a sociedade brasileira já demonstra que não aceita mais essas distorções no jogo político-democrático.
Eu não quero ver o futuro repetir o passado. Não quero que o futuro seja feito de grandes e nem de pequenas corrupções. Nós devemos isso à nossa própria geração e também àquelas que ainda virão. Só assim conseguiremos fazer espelhar essa grandeza que se espera do nosso país. Vamos fazer um elo contra a corrupção, vamos juntos lutar pelo futuro do Brasil. Precisamos do país unido por um único ideal!
E aí, vai deixar a peteca cair logo na sua vez?

Giovanna Martins Domingos, aluna do 2º ano / Paranaíta, do Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT

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