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Artigo Sexta-feira, 10 de Julho de 2020, 00:00 - A | A

10 de Julho de 2020, 00h:00 - A | A

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O desmatamento da Amazônia e suas consequências



Vitória Weber Vieira do Nascimento

Nesta semana, líderes de 38 grandes empresas brasileiras e estrangeiras enviaram ao vice-presidente e coordenador do Conselho Nacional da Amazônia Hamilton Mourão, uma carta que solicita posturas mais rígidas para o combate ao desmatamento na Amazônia. Itaú, Natura, Ambev, Vale, Bradesco, Santander, Microsoft, Bayer, Shell, Siemens estão entre as organizações que assinaram o documento encaminhado à Mourão. 
Os dados mostram como a situação da floresta brasileira está grave, tendo em vista que segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), a taxa de desmatamento na Amazônia entre janeiro e maio de 2020 é o maior desde 2015 no mesmo período, totalizando 2.032 km².
O motivo para a mobilização das organizações diz respeito, sobretudo, ao impacto econômico, pois segundo os dirigentes destas empresas, é preciso melhorar a imagem do país no exterior no que tange o desmatamento da Floresta Amazônica. 
Nos últimos anos, a ideia e o debate da sustentabilidade e da preservação ao que restam das florestas do mundo, ganhou força. A sociedade, portanto, compreendeu a necessidade de manter as florestas em pé e diminuir a poluição para a própria sobrevivência humana. Tendo em vista todos os estudos divulgados por cientistas da área ambiental, é possível notar que se medidas de preservação ao Meio Ambiente não forem tomadas, a situação do planeta, no que diz respeito ao aquecimento global, água, solo e ar sairá do controle. Além disso, os estudos também mostram como a vida humana será prejudicada se não forem tomaras medidas rígidas.

Grande parte da população mundial, com consciência das futuras consequências, espera que a política de preservação ambiental faça parte dos valores das organizações, tanto na fabricação dos produtos, como em sua cultura. Diante disso, as empresas em questão necessitam que o Brasil tenha uma boa reputação para que não sofram com boicotes de governos exteriores, como também do consumidor final. 

O alerta, de fato, tem como objetivo chamar a atenção sobre como a imagem negativa do país no combate ao desmatamento pode trazer prejuízos econômicos sérios para o Brasil, fora o descontrole ambiental sem precedentes em todo o mundo, porém, em especial, no Brasil.
Além de mencionar a problemática do desmatamento, foco principal da carta, os empresários também sugerem outras medidas consideradas importantes pelo grupo, como a inclusão das comunidades locais para garantir a preservação não só da Amazônia, mas dos demais biomas brasileiros, controlar a emissão de gás carbônico, valorização e preservação das florestas como parte fixa das políticas empresariais, entre outras medidas que visam a sustentabilidade e a economia. 
Por fim, Mourão afirmou que está aberto a diálogo por meio de videoconferência com os investidores estrangeiros e os empresários brasileiros para realizar os ajustes necessários, e inclusive disse que é preciso melhorar a política de fiscalização do desmatamento ilegal, para evitar as preocupações descritas na carta dirigida a ele. 

Vitória Weber Vieira do Nascimento, é acadêmica do curso de História da Universidade Federal de Mato Grosso. Email: [email protected]

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