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Atualidades Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2016, 00:00 - A | A

25 de Janeiro de 2016, 00h:00 - A | A

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Diretora da Farmácia Básica faz explicações sobre falta de medicamentos

Jornal Mato Grosso do Norte



Prefeitura de Alta Floresta 
Assessoria

A Farmácia Básica da Policlínica Cidade Alta, em Alta Floresta, tem como objetivo fornecer medicamentos gratuitos à população. No entanto, houve falta de alguns medicamentos nas Unidades de Saúde neste início de ano, devido a contaminação da dengue, de chikungunya e do Zika vírus, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypt.
A Diretora de Gerenciamento da Farmácia Básica, Maria de Fátima Reis, explicou sobre esta problemática.
“Com relação a queixas de que esteja faltando medicamentos nas Unidades, este fato se confirma, porque realmente faltam alguns remédios, assim como sempre faltaram. Por exemplo, fizemos cem mil reais de compras no mês de dezembro para suprir até o final do mês de janeiro deste ano. Mas, devido às contaminações das doenças pelo mosquito Aedes Aegypti, os medicamentos, como soro, dipirona e os remédios essenciais para o tratamento, estão acabando mais cedo”, explicou.
 Contudo, segundo ela, há uma nova licitação na Prefeitura em andamento, mas até que se homologue o certame a compra possa ser feita, demanda um prazo. E o tempo de entrega vai depender das empresas fornecedoras. Se forem próximas e dentro do estado de Mato Grosso, pode demorar até vinte dias. Porém, se for empresas de Curitiba-PR, Santa Catarina e Goiânia-GO, pode levar vários meses. Infelizmente, poderá faltar medicamentos nas prateleiras”, afirmou.
A Diretora ainda citou que existem várias críticas, porque tiveram que devolver vários medicamentos vencidos. De acordo com ela, a farmácia recebe críticas quando sobra e também quando há falta de remédios. 
“Não conseguimos agradar a todos, sem contar que existem medicamentos que a Prefeitura não pode comprar, devido à parceria entre o Governo Federal, Estadual e Municipal. E o recurso que o Governo Federal envia para a prefeitura comprar os remédios, para uma população de quase 70 mil habitantes, é de 28 mil por mês. Com esta quantia não conseguiríamos abastecer a todas as Unidades. Além disso, o município tem um mil e oitenta pacientes diabéticos e deste total, quatrocentos são usuários dependentes de insulina. O recurso que o Governo Federal envia para atender a população no Programa de diabéticos é de apenas sete mil reais. Esta é a realidade”, esclarece.
Maria de Fátima Reis destaca que atualmente mais de 70% dos recursos para saúde de Alta Floresta vem das verbas do município. Segundo ela, o recurso destinado pelo governo Estadual e Federal é vergonhoso. Isto demonstra um descaso por parte das autoridades com relação a nossa cidade.
A  diretora disse que será realizado um novo planejamento entre a Prefeitura e a Secretaria de Saúde. “Infelizmente o recurso que vai ser gerado é em torno de 45 a 50 mil reais para comprar medicamentos e atender a toda a população. Mesmo assim é insuficiente. Assim que sair a licitação nós vamos fazer compras para suprir essas necessidades emergenciais”, declarou Fátima Reis. 
Conforme ela, há um projeto para construir uma farmácia centralizada em Alta Floresta e nela os medicamentos não ficarão nas Unidades de Saúde, devido à exigência do Conselho Regional de Farmácia, que propõe um farmacêutico para cada Unidade.
Fátima explica que não pode haver distribuição de remédios sem ter este profissional e o município não tem condições de contratar todos os farmacêuticos para suprir as 26 Unidades de Saúde. “Várias cidades do estado já estão funcionando com este sistema. Quando tivermos a farmácia centralizada, acredito que as reclamações e perdas de medicamentos irão acabar”, concluiu.

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