Ilson Machado
Mato Grosso do Norte
Nos dias 30 e 31 de outubro de 2024 na Subsede do SINTEP em Alta Floresta, o Instituto Ouro Verde realizou o 1º Encontro sobre Crédito para Agricultura Familiar.
O evento recebeu agricultoras e agricultores dos diversos municípios que compõem o Portal da Amazônia e Cotriguaçu – beneficiários do Banco Raiz e componentes dos Comitês de Acesso a Crédito, bem como representantes do BNDES, Bancos e Cooperativas de crédito locais, Agência da ATER (Agência Técnica e Extensão Rural) do estado, entre outros participantes que trabalham com mecanismos convencionais e alternativos de acesso ao crédito a fim de trocar experiências e contribuir nos debates.
O encontro é uma iniciativa do Instituto Ouro Verde através do Programa ARCA – Agricultura Regenerativa para Conservação da Amazônia, em parceria com NAFA-UNEMAT, motivados pelas ações desenvolvidas pelo Banco Raiz no território.
A gestora do Instituto Ouro Verde, Andrezza Alves Spexoto, detalhou que os trabalhos visam trazer esclarecimentos ao público com uma programação bastante interativa, composta por palestras, painéis e trabalhos de grupos que tem como objetivo debater sobre os limitantes de acesso à crédito pela Agricultura Familiar e empreendimentos de economia solidária no Estado. E construir estratégias para viabilizar e ampliar esse acesso ao crédito de forma justa e adequadas às realidades locais.
Andrezza, em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, ressalta os êxitos obtidos pelas famílias rurais.
“Nós temos uma ação que, nesses últimos três anos já fez empréstimo em torno de R$ 1 milhão. Não é muito, mas atingiu, aproximadamente, 120 famílias aqui do território Portal da Amazônia. E mudou a vida dessas pessoas, porque é um crédito diverso que atende variedades de temas de famílias que não tem acesso ao crédito convencional e não acessam a política pública também”, disse a gestora do Instituto Ouro Verde.
Com relação aos requisitos para habilitar os agricultores para acesso aos recursos, Andressa explica o que é necessário. “É preciso que o proponente esteja engajado na comunidade e tenha um projeto que converge com uma transição agroecológica, visando uma integração da propriedade, com participação familiar e que não faça na propriedade o uso de veneno. E isso vale não só pra monocultura, mas também para projetos que tenham uma diversidade de produção”, explica Andrezza.
Sobre o acesso à linha de crédito, o proponente pode fazer o requerimento através do Banco Raiz, que é uma iniciativa de economia popular e solidária, articulada pelo Instituto Ouro Verde desde 2012 e que apoia a Agricultura Familiar no Território Portal da Amazônia no Norte de Mato Grosso, através de recursos financeiros para investimento no custeio, para fortalecer a produção, transformação e comercialização de produtos agroecológicos.
