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Atualidades Sexta-feira, 26 de Agosto de 2022, 07:49 - A | A

26 de Agosto de 2022, 07h:49 - A | A

Atualidades / Aspectos ambientais

Estudo analisa sustentabilidade de Alta Floresta, Carlinda e Paranaíta

Os dados levantados estão à disposição das administrações municipais para trabalhos futuros



Lucas George Wendt
Assessoria

A avaliação da sustentabilidade em escala municipal está se tornando essencial para a gestão pública, pois tem o potencial de orientar a implementação de ações de desenvolvimento local.
Nesse contexto, pesquisadores associados ao Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Universidade do Vale do Taquari - Univates recentemente publicaram um estudo que objetiva avaliar a sustentabilidade dos municípios de Alta Floresta, Carlinda e Paranaíta, no Mato Grosso. Os dados levantados estão à disposição das administrações municipais para trabalhos futuros.
A pesquisa deriva da tese de doutorado desenvolvida no PPGAD por Mariana Emídio Oliveira Ribeiro, orientada pelo professor Eduardo Périco e coorientada pelo professor Alexandre André Feil.
Mariana detalha que a pesquisa apresenta o desempenho de cada município pesquisado em relação à sustentabilidade, assim como as características dos indicadores de sustentabilidade, que consistem na capacidade de cada município propor ações de melhorias nas mais diversas áreas e diminuir a degradação do homem nos âmbitos rural e urbano.
Os dados levantados estão à disposição das administrações municipais para trabalhos futuros

A proposta da pesquisa é contribuir nos aspectos ambientais, econômicos e sociais para a região e os municípios pesquisados, melhorando a sustentabilidade e propondo ações de melhorias nos itens em que os indicadores não são considerados satisfatórios

Foi definido um conjunto de 26 indicadores de sustentabilidade, abrangendo as dimensões social (10), econômica (5), ambiental (6) e territorial (5), que, posteriormente, foram analisados. Concluiu-se que o nível de sustentabilidade dos municípios de Alta Floresta, Carlinda e Paranaíta é semelhante. Os resultados são 0,54, 0,54 e 0,50, respectivamente.
“A proposta da pesquisa é contribuir nos aspectos ambientais, econômicos e sociais para a região e os municípios pesquisados, melhorando a sustentabilidade e propondo ações de melhorias nos itens em que os indicadores não são considerados satisfatórios. Os resultados estão à disposição de cada município para contribuir para as discussões sobre a sustentabilidade municipal e os 26 indicadores de sustentabilidade resultantes da pesquisa”, revela Mariana.
A pesquisadora argumenta que os temas com os quais tratou são importantes “porque a definição de um conjunto de indicadores mais adequados para avaliação da sustentabilidade em municípios é considerada desafiadora e complexa em razão das variáveis e das características existentes em âmbito municipal”.
“Esse tema se trata do futuro, em relação às pessoas, ao meio ambiente, fatores sociais, econômicos e culturais, afinal, todos esses assuntos, além de importantes, são de extrema necessidade ao ser humano e ao atendimento de suas necessidades”, complementa Mariana.
Um município sustentável relaciona-se a um ambiente projetado para colaborar com a melhoria da qualidade e proteção ambiental e da equidade e bem-estar social em longo prazo, que pode ser operacionalizado pela adoção de estratégias de desenvolvimento sustentável para a promoção do avanço e a inovação do ambiente construído.
Entendendo os resultados - O estudo concluiu que o nível de sustentabilidade dos municípios de Alta Floresta, Carlinda e Paranaíta é semelhante. No entanto, os resultados da pesquisa contribuem com discussões sobre a elaboração de um conjunto de indicadores, subíndice e índice de sustentabilidade, apresentando suas críticas e limitações e, além disso, os cuidados na utilização dessa ferramenta na mensuração do nível de sustentabilidade de municípios.
Esse estudo contribui para a literatura da área com provocações sobre a consistência das ferramentas de avaliação da sustentabilidade de municípios que são considerados complexos em razão de suas particularidades políticas, econômicas, culturais, sociais e demográficas. Também contribui com 26 indicadores importantes para avaliar a sustentabilidade de qualquer município ou região, podendo realizar adaptações ou até mesmo utilizá-lo na íntegra.
A definição de um conjunto de 26 indicadores, distribuídos nas dimensões social (10), econômica (5), ambiental (6) e territorial (5), também foi identificada como sendo a mais adequada para avaliação da sustentabilidade, considerando os três municípios da região norte do Estado do Mato Grosso. As dimensões social e ambiental promovem o maior número de indicadores, o que fortalece a percepção de que essas dimensões necessitam de mais atençã

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