Jornal Mato Grosso do Norte
José Vieira do Nascimento
Editor de Mato Grosso do Norte
Em entrevista coletiva realizada na tarde de ontem na secretaria de Saúde, o secretário municipal de Saúde, José Luiz Teixeira e a chefe da Vigilância Epidemiológica do Município, Fernanda Souza, deram explicações sobre os casos suspeitos de gripe H1N1 que foram notificados em Alta Floresta.
O secretário José Juiz disse que existe nada cidade apenas suspeitas, pois não foi ainda confirmado nenhum caso. Ele pediu que os veículos de comunicação tenham cuidados e responsabilidade ao publicar notícias sobre a doença para não assustar e causar pânico na população como vem ocorrendo.
“Como a cidade passa por um surto, quando alguém vem a óbito com suspeitas da doença, tem que se saber como se divulga esta notícia para não assustar a população. Não se pode afirmar porque não houve confirmação. Os laboratórios demoram 60 dias para devolver os resultados. Por isso, enquanto não tivermos documentos, são apenas Suspeitas. Dependendo da forma como a informação for divulgada, a população vai ficar maluca”, observou José Luiz.
Ele assegura que o município está tomando todas as providências necessárias diante dos casos suspeitos, seguindo as orientações do Ministério da Saúde.
Fernanda Souza afirmou que no c aso da Escola do bairro Jardim das Flores, o que ocorreu foi um caso de preconceito com um menino e uma professora, que supostamente estariam com os sintomas da doença. Ela afirmou que os pais e o aluno foram submetidos a avaliação médica e existe laudo da médica que atendeu o menino, que comprova que ele não tem sintomas da gripe.
Sobre a professora, também ficou comprovado que ela tem problemas respiratórios. “Foram os boatos que causaram toda a situação. Qualquer cidadão de Alta Floresta está sujeito a apresentar os sintomas da doença. Por isso, não se deve agir com preconceito”, disse.
Ela explicou que existe em Alta Floresta um surto de influenza e não de gripe H1N1. Conforme ela, todos os casos suspeitos são enviados para Cuiabá, e Cuiabá os envia para o Ministério da Saúde.
Segundo Fernanda, diante de casos suspeitos, as medidas profiláticas, inerentes ao tratamento da doença são adotadas especificamente. “Se quando vier os resultados dos exames, houver uma comprovação, fez-se o tratamento adequado”, observou.
Sobre as vacinas, Fernanda explicou que desde 2009 o município de Alta Floresta recebe as doses, de acordo com os critérios do Ministério da Saúde, observando o índice populacional.
“O que aconteceu este ano é que a procura foi maior em função da situação que está acontecendo. Nos anos anteriores, sobrava vacina porque muitas pessoas que estão nos grupos prioritários, não iam aos postos ser vacinadas”, explica.
té agora, o município já recebemos duas remessas de vacinas e até no final da próxima semana deve receber mais. No entanto, não existe previsão de o município receber vacina para toda a população. Caso seja comprovado casos da Gripe A, ela esclarece que o Ministério da Saúde é quem analisa se toda a população será vacinada.
Aulas- A secretária de Educação, Lenita Kroker, afirmou que não haverá suspensão das aulas nas escolas municipais e nem antecipação das férias, como sugeriu o vereador Paulinho Jiló. Ela disse que, junto com o secretário José Luiz Teixeira foi à escola municipal, Jardim das Floresconversaram com os pais dos alunos, mas eles não entenderam e não aceitaram as explicações apresentadas.
“A escola está aberta e os professores estão lá. Os pais que entenderem que deve m mandar seus filhos para a escolas, terá aula. O que nós não podemos é suspender as aulas ou antecipar as férias como eles exigiam”, assegurou a secretária de Educação.
O Assessor Pedagógico de Alta Floresta, Edson Amaro dos Santos, disse que apesar de não ter chegado nada oficial na Assessoria, tomou a iniciativa de enviar um e-mail para a Secretaria Estadual de Educação e está aguardando as orientações de como resolver esta situação.
“Diante do que está sendo noticiado, pedimos a orientação da SEDUC e estamos aguardando a resposta para ver como vamos proceder. Temos um calendário a cumprir”, disse Edson.