Raquel Gomes e Luiza Goulart
(SDI/UE/MT)
A Superintendência do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em Mato Grosso recenseou, de 1º de agosto até o dia 5 de dezembro, 2.353.940 moradores em 804.210 domicílios, aponta o quarto balanço do andamento da coleta do Censo Demográfico 2022. Esse total de moradores recenseados representa 65,91% da população estimada em Mato Grosso para o ano de 2021. De acordo com os dados coletados até o momento, Mato Grosso teve 1.178.081 homens recenseados (50,05%) e 1.175.859 mulheres recenseadas (49,95%).
Em todo o país, 168.018.345 moradores já foram recenseados em 59.192.875 domicílios, sendo 81.404.719 homens e 86.613.626 mulheres. Os quase 170 milhões de brasileiros correspondem a 78,73% da população estimada. Ao todo, 702.796 domicílios responderam ao questionário básico, que conta com 26 questões e investiga as principais características do domicílio e dos moradores.
Os outros 106.635 domicílios responderam ao questionário amostra, que conta com 77 questões e inclui, além dos quesitos presentes no questionário básico, outros mais detalhados, bem como temas específicos: características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo. A maioria (99,34%) dos questionários de Mato Grosso foi respondida de forma presencial: em 798.925 dos 804.210 domicílios recenseados.
Outros 1.981 domicílios (0,25%) responderam pela internet e 3.304 por telefone (0,41%). Com relação aos 9.082 setores censitários (unidade territorial estabelecida para fins de controle cadastral – com número de domicílios que permitam o levantamento por um recenseador) trabalhados do estado, 7.639 já foram trabalhados (inclui setores em andamento, liberados para pagamento, reabertos, realizados, pagos, paralisados e supervisionados), o que representa 84,11% do total.
Ao analisarmos o critério setor censitário trabalhado, Piauí (99,96%), Rio Grande do Norte (99,65%) e Pernambuco (99,59%) são os estados com a coleta mais adiantada, e Mato Grosso (84,05%), Acre (89,07%) e Roraima (90,48%) são os que estão mais atrasados. Já no critério população recenseada, as unidades da federação mais aceleradas são, respectivamente, Piauí (96,24%), Sergipe (91,23%) e Rio Grande do Norte (89,80%), enquanto Mato Grosso (65,91%), Amapá (66,87%) e Espírito Santo (70,67%) têm o recenseamento mais demorado.
Segundo a Superintendente do IBGE em Mato Grosso, Millane Chaves, o estado possui a menor taxa de desocupação do país
O balanço aponta ainda que 3,33% dos domicílios mato-grossenses se recusaram a responder ao Censo, enquanto que o percentual de recusa na PNAD Contínua (Pequisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) no terceiro trimestre deste ano foi de 2,83%. No Brasil, o índice de recusa do Censo está em 2,59%, acima dos 2,22% da PNAD Contínua, mas que se espera ser reduzido até o final da operação, após aplicados todos os protocolos de insistência.
A coleta dos dados do Censo já terminou em 11 municípios do estado: Araguaiana, Araguainha, Denise, Feliz Natal, Ipiranga do Norte, Ponte Branca, Ribeirãozinho, Rondolândia, Santo Afonso, Santo Antônio do Leste e Torixoréu. Araguainha foi a primeira cidade em Mato Grosso a concluir os trabalhos, em seus oito setores censitários, no dia 17 de outubro. No hotsite do Censo 2022 (https://censo2022.ibge.gov.br/), é possível acompanhar diariamente o total da população recenseada no país e a evolução dos setores trabalhados por unidades da federação.
O IBGE tinha, em 05 de dezembro, 1.436 recenseadores contratados no estado, sendo que 1.307 estavam trabalhando entre 28 de novembro e 04 de dezembro. Inicialmente, porém, Mato Grosso tinha 3.103 vagas a preencher para o cargo de recenseador. Segundo a Superintendente do IBGE em Mato Grosso, Millane Chaves, o estado possui a menor taxa de desocupação do país (3,8%) ---empatado com Santa Catarina.
“Assim sendo possuímos baixo desemprego, o que se traduz em grande oferta de vagas de trabalho e boas remunerações, o que faz com que tenhamos dificuldades de atrair pessoas para o trabalho temporário para realizar o Censo em Mato Grosso comparado com outros estados da federação”, explica.
