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Atualidades Sexta-feira, 09 de Outubro de 2020, 00:00 - A | A

09 de Outubro de 2020, 00h:00 - A | A

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Pequeno agricultor da Vila Rural reclama da falta de apoio da prefeitura



Reportagem
Mato Grosso do Norte

O agricultor Roosvlr Torantino, popular Bigode, morador da Vila Rural em Alta Floresta, é um exemplo que a Agricultura Familiar pode ser uma importante alternativa de renda e promover melhorias na qualidade de vida do pequeno Agricultor.
Em uma pequena Chácara na Vila Rural, medindo 61 metros por 200, é o espaço suficiente para ele produzir Urucum, Açafrão, Pimenta do Reino, Cupuaçu, mandioca e também criar galinhas.
Para agregar valor à produção, Bigode prepara estes produtos através de um processo artesanal, embala e vende para as empresas do setor de alimentação em Alta Floresta, para compradores de outras cidades da região e entrega em supermercados e na feira livre municipal. 
“Eu tenho comprador até em Santa Catarina que compra meus produtos para revender, de Dourados/MS, mais vendo mais aqui em Alta Floresta para as churrascarias, marmitarias, lanchonetes e restaurantes”, disse.  “Meus produtos são bem aceitos, mas com a pandemia diminuiu as vendas, porque as empresas compram conforme o volume de vendas delas. Mas o setor de alimentação está reagindo e as vendas estão melhorando”, acrescenta. 
Bigode reclama da falta de apoio da prefeitura municipal. Segundo ele, apesar de sua chácara ser pequena, consegue sobreviver com o que produz e afirma que se tivesse, apoio como assistência técnica, poderia aumentar ainda mais a sua produção. “Eu vendo meus produtos, vendo galinha, ovos e tem muitas coisas que poderíamos produzir e aumentar a nossa renda, mas não temos nenhum apoio da prefeitura de Alta Floresta”, reclama.
Seu volume de vendas [dos produtos já embalados] gira em torno de 25 a 35 por semana. O quilo de Urucum está custando R$ 25,00 e um pacotinho de Açafrão é vendido a R$ 8,00, assim como pimenta do Reino. Porém, ele afirma que as pessoas que compram para revender, vendem estes produtos por até R$ 45,00 o quilo.   

“Infelizmente, só consigo produzir na época de chuva, na seca a água é pouca. A chácara tem um poço semi- artesiano, mas a água não é suficiente para irrigar e a energia vem muito cara. Minha última conta de energia custou mais de R$ 400,00. E isto dificulta o meu trabalho”, reclama.

Ele afirma que tem que ampliar o plantio porque irá faltar produto, porque a demanda de consumo está crescendo. 
Bigode planeja investir na compra de um freezer para guardar seu cupuaçu e não precisar entregar para as agroindústrias, que pagam muito barato pelo produto. “A agroindústria quer pagar R$ 1.50 o quilo. Mas se eu vender para o consumidor, consigo R$ 15,00”, explica.
Para ele seria necessário a prefeitura apoiar os moradores da Vila Rural, porque as pessoas querem produzir, mas não conseguem porque não tem nenhuma assistência do poder público.
Ao contrário de ajudar, segundo ele, a prefeitura de Alta Floresta persegue os pequenos produtores como ele. “Às vezes entrego um produto em um mercado e a prefeitura quer recolher  devido a embalagem. Invés de fazer isto, deveria me apoiar para eu colocar o produto no mercado da maneira certa”, assevera. 
 “Não temos apoio nenhum. Nossa dificuldade é a falta de água, falta de apoio técnico. Não queremos pedir nada de graça, apenas aquilo que seria de responsabilidade do poder público, para tornar viável a nossa produção. Muita gente não produz por falta de apoio”, reclama o agricultor.

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