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Economia Quarta-feira, 04 de Setembro de 2024, 08:33 - A | A

04 de Setembro de 2024, 08h:33 - A | A

Economia / combustíveis

Preço do etanol em Alta Floresta varia até R$ 40 centavos no litro

Empresária explica o preço é com base no ICMS, no frete em na margem de lucro de 20%



Ilson Machado
Mato Grosso do Norte

Entre os muitos postos de combustíveis de Alta Floresta, os motoristas quando vão abastecer seus veículos, encontram uma diferença considerável de valor, principalmente no litro do etanol.

O produto na cidade pode ser encontrado no valor mais baixo de R$ 3,91, R$ 4,02, R$4,19 e até a R$ 4,40, dependendo do posto visitado.

Portanto, a dica para os motoristas na hora de encher o tanque é pesquisar para encontrar o local onde o valor está mais em conta.

Para entender os motivos das variações de preços nas bombas, a reportagem do jornal Jornal Mato Grosso do Norte, conversou com a empresária Ana Paula Junqueira Teixeira, sócia-proprietária do Auto Posto Floresta Ltda, ou Posto Samuca da Cidade Alta.

Ana Paula explica vários fatores que são considerados no momento da precificação dos combustíveis, sendo que a variação nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é a principal responsável pela diferença de preços de gasolina, álcool e diesel nas bombas.

O preço do combustível, segundo ela, varia de um Estado para outro por uma série de fatores. Os estados têm autonomia para definir a alíquota do ICMS, portanto o preço do combustível é maior nos estados com alíquotas mais altas. Isso explica porque algumas regiões o combustível tem preço menor ou maior.

“Desde a última atualização, publicada pela ANP em 2024, o preço médio da gasolina no Brasil hoje é R$ 6,13 por litro. Já o preço médio da gasolina aditivada é de R$ 6,30 por litro. Em Alta Floresta, por ser considerada uma região longínqua, os preços, principalmente da gasolina, não diferem muito da média nacional”, disse.

Sobre as variações que chegam a ter uma diferença de até R$ 40 centavos por litro, Ana Paula, explica como o valor é estabelecido na cidade.

“O preço é com base no valor da compra que pode ser conferida através da nota fiscal, o valor do frete e uma margem de lucro de 20%, que é o teto máximo que pode ser embutido no preço final ao consumidor.

Então, esse sempre é o cálculo. A gente compra a cada 2 ou 3 dias e a cada compra, o preço que pagamos sempre tem diferença, tanto para cima, como para baixo. Mas na maioria das vezes só para cima. ou seja, a cada compra o preço para nós, revendedores, sempre sobe”, esclarece.

A sócia-proprietária do Posto Samuca da Cidade Alta faz questão de reafirmar que o cálculo sempre é esse, não se pode sair fora da margem. “Calcula-se nota fiscal, frete, mais a margem de 20% e teremos o preço final que vai para a bomba”.

De acordo com ela, existe também a questão de vendas a prazo e a vista, que pode trazer diferença no preço do combustível.

Quanto a alteração de preços na bomba, ela explicou que o revendedor só pode mexer em preço, quando o combustível comprado estiver já depositado no tanque.

“O revendedor que comprou combustível para repor o estoque por um preço, embutiu o valor do frete e criou a margem dos 20% no preço final, tem que manter o preço até aquele combustível acabar e só alterar preço, ou não, embasado na nota fiscal da compra seguinte”, reitera.

Conforme Ana Paula, tudo tem que ser feito de acordo com a lei, até porque a fiscalização nos postos de combustíveis feita por parte de órgãos fiscalizadores, é constante. Para ela esse monitoramento traz credibilidade as revendas e, por conseguinte, a garantia dos direitos dos consumidores.

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Empresária Ana Paula

 

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