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Atualidades Quarta-feira, 11 de Maio de 2016, 00:00 - A | A

11 de Maio de 2016, 00h:00 - A | A

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Reciclagem de pneus mobiliza comunidade e poder público em Peixoto de Azevedo



Sucena Shkrada Resk
Assessoria ICV

 

Dar um destino sustentável aos pneus inservíveis recolhidos pela Prefeitura de Peixoto de Azevedo, Mato Grosso, acumulados em um galpão público está mobilizando ações que envolvem diferentes pastas do governo municipal, o Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) e a comunidade local. A iniciativa foi batizada de “Reciclarte: arte, saúde e sustentabilidade”.
O pontapé inicial estão sendo oficinas de reciclagem, em que integrantes de diferentes associações de bairro da cidade estão se capacitando para transformar  os pneus em recipientes para a destinação de resíduos sólidos em suas próprias casas e em locais públicos, entre outras finalidades, como brinquedos em parques e creches e cercas e bebedouros de animais em áreas rurais.
A ideia é que se tornem multiplicadores e a proposta está sendo encampada pelo CMMA, que deverá dar prosseguimento na Associação do Bairro Santa Isabel, com recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Fumdema). Essa ação é importante ao conselho, porque a temática de resíduos sólidos faz parte do plano de metas do município, um instrumento do Programa Mato-Grossense de Municípios Sustentáveis (PMS) de planejamento das ações municipais voltadas ao meio ambiente e agricultura familiar, que tem o apoio do Instituto Centro de Vida (ICV), por meio de arranjos locais.
A iniciativa teve seu embrião por meio de projeto apresentado por Clarice Marines Cenci Bee, coordenadora de Vigilância em Saúde, que compõe o CMMA. “Há quatro anos dei início à proposta, para chamar a atenção da população, quanto à esta alternativa de combate ao Aedes aegypti no município. Ao montar um grupo de trabalho no CMMA, conseguimos mostrar o projeto à promotoria pública, que teve boa receptividade”, conta.
Com isso, a proposta é que multas recebidas no órgão também sejam transferidas ao Fumdema, que começará a ser utilizado com este projeto. A estimativa de custo anual para as ações, segundo Clarice, é na casa de R$ 30 mil, que envolve prestação de serviços de educador, ferramentas, entre outras despesas.

Como ainda a verba não foi liberada e exige uma tramitação burocrática para a utilização dos recursos, foi firmada uma parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, que possibilitou a realização das oficinas com cerca de 25 interessados da comunidade, em galpão cedido pela pasta da Cultura.
 “Com o curso, estou desenvolvendo a capacidade de transformação para tirar os pneus das ruas, que provocam doenças e poderei também gerar renda para a minha família”, disse a dona de casa Evonilde Costa, 39 anos, que participou do curso ministrado pelo artista Valdomiro Vougado.  “Assim evita que possam se encher de água e atrair os mosquitos da dengue”, completa Maria Dinalva Lima dos Santos, 49.
A secretária municipal interina de Meio Ambiente Afonsina Aparecida Fermino Crescêncio explica que o projeto é uma forma positiva de educação ambiental. “Futuramente o município também se adequará para facilitar a logística reversa destes pneus aos fabricantes, por meio do Reciclanip  (programa das indústrias dos pneus)”, disse.

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