Sábado, 05 de Outubro de 2024

Economia Segunda-feira, 30 de Setembro de 2024, 08:29 - A | A

30 de Setembro de 2024, 08h:29 - A | A

Economia / indústrias madeireiras

Setor florestal de MT debate novas rotas de exportação e soluções logísticas

Atualmente as indústrias madeireiras de Mato Grosso enfrentam dificuldades para despachar seus produtos



Assessoria
Cipem

Localizado no bioma amazônico, o município de Juína é a base do Sindicato da Indústrias Madeireiras e Moveleiras do Noroeste do Mato Grosso (Simno), onde foi realizada na quinta-feira, 26, a 8ª Reunião Ordinária da Diretoria do Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem).

Durante a reunião com os presidentes dos 8 sindicatos patronais do setor florestal que compõem o Cipem e também da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), foram debatidas alternativas para potencializar o comércio internacional de madeira. Novas rotas portuárias foram analisadas com base em um estudo de viabilidade técnica e econômica apresentado pela Fiemt em parceria com o Cipem.

Atualmente as indústrias madeireiras de Mato Grosso enfrentam dificuldades para despachar seus produtos para o exterior devido à lentidão na liberação de contêineres carregados, decorrente do reduzido contingente de técnicos do Ibama nos portos marítimos. A ineficiência nos portos continua afetando as indústrias madeireiras exportadoras.

Presidente do Cipem, Ednei Blasius, também critica a cobrança de taxas portuárias durante períodos de greve. Para o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, é necessário diversificar a logística de transporte para melhorar e acelerar o escoamento da produção mato-grossense, bem como ampliar as rotas de exportação.

Entre os caminhos apontados pelo estudo da Fiemt, elaborado a pedido do Cipem, está a internacionalização a partir do Porto Seco de Cuiabá, encurtando o tempo de anuência com órgãos reguladores e o prazo de embarque das mercadorias. O escoamento via Porto Seco também possibilita 60 dias de armazenagem gratuita, mas ainda apresenta custos superiores aos da logística convencional. Outra alternativa associa o uso do Porto Seco ao transporte ferroviário em direção ao Porto de Santos, em São Paulo.

Terceira opção estudada é a exportação via Redex (Recinto Especial para Despacho Aduaneiro de Exportação). “O estudo responde algumas perguntas, mas também nos traz alguns gargalos, como a falta de técnicos do Ibama nos portos. Diante disso, anunciamos a criação do Comitê da Crise dos Portos, em parceria com a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep)”, explicou a superintendente da Fiemt, Fernanda Campos.

Em Juína, US$ 241 mil foram faturados com os embarques internacionais de madeira serrada nos 8 primeiros meses de 2024. Valor que representa 33% do saldo total das exportações do município. A madeira nativa é o principal produto enviado para o exterior por Colniza, com participação de 90%, agregando US$ 7,2 milhões à balança comercial municipal em 2024, até agosto. Aripuanã alcançou US$ 8,91 milhões com as vendas internacionais de madeira perfilada, que representaram 12% do saldo comercial municipal acumulado de janeiro a agosto deste ano. Exportadores de madeira serrada de Juara faturaram US$ 164 mil no mesmo período.

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