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Carros Terça-feira, 22 de Abril de 2025, 08:55 - A | A

22 de Abril de 2025, 08h:55 - A | A

Carros / NISSAN KICKS II

Aposta dobrada

Nissan moderniza a fábrica de Resende e inicia a produção da segunda geração do Kicks



por Eduardo Rocha
Auto Press

O consumidor brasileiro é tremendamente novidadeiro. A ponto de as marcas passarem a usar uma estratégia na troca das gerações para não sofrer uma brusca queda de vendas. Uma espécie de tática para evitar o trauma de transição. Um recurso é fazer segredo em relação à nova geração. Mas além de pouco efetivo em tempos de internet, pode deixar os últimos compradores do modelo antigo se sentirem prejudicados. Outra prática é fazer com que as duas gerações do modelo convivam por um tempo no mercado e deixar a sucessão ocorrer suavemente. É o que a Nissan está fazendo em relação ao seu SUV compacto Kicks.                

No momento em que a fabricante japonesa anuncia o início de produção da segunda geração na fábrica de Resende, no Sul Fluminense, o modelo atual já assumiu uma função de modelo de entrada, com o nome de Kicks Play. Já o novo Kicks, que deve chegar ao mercado no início do segundo semestre, vai se posicionar nas faixas intermediária e superior do segmento. Dessa forma, os dois modelos se complementam e podem coabitar as concessionárias por uns bons dois anos.                

Para a produção do novo Kicks, a Nissan está pondo em operação de 98 novos robôs e 29 novos AGVs, veículos de transporte de peças autônomos. No total, serão 182 robôs e 202 AGVs. O investimento total até 2027 será de R$ 2,8 bilhões e inclui uma nova linha para a produção de um SUV médio-grande ainda inédito mundialmente e também do novo motor que vai equipar o Kicks de segunda geração.                

Embora a Nissan não tenha antecipado dados técnicos específicos da versão brasileira do Kicks II, o modelo não vai fugir das características que o modelo apresenta em outros mercados – como México e Estados Unidos. Suas dimensões serão 4,37 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,63 m de altura com entre-eixos de 2,66 m – são mais 7 cm no comprimento e mais 5 cm no entre-eixos.                

O novo motor do Kicks será o HR10DDT, um propulsor 1.0 litro flex de três cilindros, turbo e com injeção direta, que traz grandes semelhanças com o motor TCe 1.0 usado no Renault Kardian. A previsão é que ele apresente a mesma potência e torque no SUV da Nissan, com 120/125 cv e 20,4/22,4 kgfm. Mas diferentemente do carro da Renault, o novo Kicks deve manter o câmbio X-Tronic CVT.   Regras do Mover                

Na inauguração oficial da linha no dia 15 de abril, com a presença do Presidente Lula e dos ministros Geraldo Alkmin e Fernando Haddad, foi assinado o decreto de regulamentação do Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação). O decreto prevê metas mais restritas de emissões e reciclagem, além da obrigatoriedade de adoção de novos equipamentos de segurança. Como contrapartida, o programa prevê a criação do IPI verde, em que quem polui menos paga menos imposto.                

O decreto faz exigências de uma queda etapa a etapa no consumo de veículos leves e pesados para alcançar 12% de redução média até 2031, se comparado aos níveis de 2022, no chamado Ciclo do Tanque à Roda. Outra norma é o chamado Ciclo do Poço à Roda em toda a cadeia de produção para alcançar uma redução nas emissões de CO2 em 50% até 2030, se comparado aos índices de 2011.                

Há ainda metas para o nível de reciclabilidade das peças utilizadas nos veículos. A partir de 2027, automóveis para até oito ocupantes deverão conter no mínimo 80% de material reutilizável ou reciclável. Este índice sobe para 85% no caso de veículos leves de carga. A meta chega a 85% para automóveis em 2030 e 95% para veículos leves de carga.                

O Mover ainda prevê o incremento da segurança veicular coma a adoção de sistema de assistência avançada à direção, ADAS, como frenagem automática de emergência, controle de estabilidade, alerta de mudança de faixa e monitoramento de fadiga do condutor. Os recursos passarão a ser obrigatórios de forma paulatina até atingir 100% dos veículos produzidos até 2031.

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