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Carros Quarta-feira, 20 de Abril de 2022, 17:03 - A | A

20 de Abril de 2022, 17h:03 - A | A

Carros / Kwid E-tech

Elétrico de base

Renault apresenta o Kwid E-tech, que chega em agosto para ser o elétrico mais barato do Brasil



por Eduardo Rocha
Auto Press


A Renault já investe em mobilidade elétrica no Brasil há uma década, mas agora decidiu fazer um movimento mais efetivo para fazer este mercado crescer. A marca francesa apresentou a versão elétrica, chamada de E-tech, de seu subcompacto Kwid. O modelo, produzido na China, passou a ser oferecido em pré-venda por R$ 142.990, com entregas previstas para agosto – mais que o dobro do Kwid térmico de topo. O valor de encomenda coloca o modelo como o elétrico mais barato do país – abaixo do subcompacto da Jac, E-JS1, que é vendido atualmente por R$ 164.900.

Na Europa, onde é vendido com o nome de Dacia Spring, o modelo recebe um motor elétrico de 44,9 cv de potência e 12,7 kgfm de torque, com zero a 50 km/h em 5,8 segundos, zero a 100 km/h em 19,1 segundos e máxima de 125 km/h. Esses números foram considerados modestos demais para o mercado brasileiro, que adotou um propulsor bem mais forte. No Brasil, o motor rende 20 cv a mais, 65,3 cv no total, mas tem um pouco menos de torque, 11,5 kgfm. A aceleração de zero a 50 km/h fica em impressionantes 4,1 segundos e até 100 km/h em 14,6 segundos.

Tanto no desempenho quanto no tamanho e na estrutura, o Kwid E-tech é bem semelhante ao Kwid térmico. O modelo elétrico pesa exatos 191 kg a mais, sendo que apenas no conjunto de baterias tem 188 kg. Já em relação aos equipamentos, o E-tech traz o mesmo conteúdo que a versão Outsider, com as devidas diferenças para o monitoramento da propulsão elétrica.

O conjunto de bateria, composta por 12 módulos, manteve as mesmas especificações do Dacia Spring vendido mundo afora. Ela tem exatos 26,8 kWh de capacidade, suficiente para uma autonomia máxima de 298 km em ciclo urbano e 265 km em ciclo misto, pelos padrões da SAE. O tempo de recarga de 15 a 80% da carga total da bateria varia de 40 minutos, com recarga com corrente contínua de 30 kW, indo para 2h54 min numa wallbox de 7,4 kW e chegando a 8h57 com carregador portável 220V. Nas contas apresentadas pela Renault, o Kwid E-tech tem custo de R$ 1,30/km e empataria o investimento em duas unidades de Kwid térmico após rodar 60 mil km em três anos.

 

Motivações bem verdinhas

Desde os anos 1930, quando a General Motors inventou o conceito de modelo do ano para incitar a troca e vender mais carros, o espírito novidadeiro tem sido o verdadeiro motor da indústria automobilística. Seja um troca de grade ou uma mudança de geração, o importante é apresentar algo novo – e nem sempre necessariamente melhor. A moda que vem se instalando no mercado nos últimos anos é a da mobilidade elétrica, que abre um imenso horizonte para as fabricantes. E mesmo que hoje um carro elétrico não contribua efetivamente com a redução das emissões de carbono – 86% da energia do mundo é à base de carvão, gás ou petróleo ‑, o uso de fonte renováveis de energia é uma tendência que deve se confirmar de forma lenta, mas inexorável. De qualquer forma, é esta imagem ecológica que está sendo associada ao carro elétrico atualmente. Obviamente, o interesse das corporações envolvidas não é o futuro do planeta, mas com o próprio futuro e com rentabilidade de renovar a frota mundial.  

Álbum de fotos

Foto: DIvulgação

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