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Carros Sexta-feira, 01 de Abril de 2022, 15:26 - A | A

01 de Abril de 2022, 15h:26 - A | A

Carros / MITSUBISHI ECLIPSE CROSS

Imagem não é tudo

Mitsubishi melhora o visual do Eclipse Cross, mas mantém o mesmo conteúdo e o custo/benefício desfavorável



por Eduardo Rocha
Auto Press

Para um produto que envolve design e tecnologia, 18 meses é uma eternidade. Mas foi esse o tempo que demorou para a HPE Automotores, representante da Mitsubishi no Brasil, lançar por aqui a segunda fase da primeira geração do SUV médio Eclipse Cross, como linha 2023. Na reestilização do modelo produzido em Catalão, Goiás, a frente foi modernizada e adotou o conceito Dynamic Shield Evolution, já em voga mundo afora desde 2019. A ocasião também foi propícia para corrigir o estranho design da traseira, que trazia uma desarmônica tampa com área envidraçada dividida horizontalmente por uma barra reflexiva. A linha 2023 do Eclipse Cross chega neste final de março às concessionárias da marca por preços cerca de 3% mais altos que os praticados na linha 2022, apesar da queda do dólar no último mês. A versão de entrada, GLS, fica em R$ 186.990, a HPE sai a R$ 201.990, a HPE-S fica em R$ 221.990 e a HPE-S S-AWC, a única com tração nas quatro rodas, fica em R$ 232.990.

Basicamente, o novo Eclipse apresenta diferenças estéticas em relação ao antecessor. No visual, o conjunto ótico principal passa a ocupar a faixa central do para-choque, onde ficavam as luzes de neblina. Já a área onde ficavam os faróis agora traz a assinatura luminosa em led, ocupando uma faixa bem mais afilada. Os conjuntos luminosos continuam envolvidos pelo groso friso em “C” e a área de entrada de ar na grade agora ocupa praticamente toda a altura da frente, interrompida apenas pelo estreio para-choque. Na parte inferior, o skid plate, placa de derrapagem em inglês, aparece redesenhado.

Foi na traseira, no entanto, que a mudanças fizeram maior efeito. Inclusive porque a marca trocou a ousadia por um conformismo absoluto e adotou um desenho sem qualquer personalidade. As lanternas trazem um formato de estrela de três pontas. Abaixo do vidro traseiro, a carroceria recebe vincos com traços geométricos e é projetada para fora. No total, o modelo cresceu 14 cm, sendo 2,5 cm no balanço dianteiro e 11,5 cm no traseiro. Apesar desse crescimento, o porta-malas manteve a mesma capacidade, de 473 litros. O Eclipse Cross ficou no total com 4,55 metros de comprimento, mas manteve os 1,81 m de largura, 1,69 m de altura e 2,67 m de entre-eixos. O modelo pesa 1.536 kg nas versões 4X2 e 1.603 na configuração 4X4.

Sob o capô, a linha traz o mesmo motor 1.5 turbo, que consome apenas gasolina e rende 165 cv a 5.500 giros e 25,5 kgfm de torque entre 1.800 e 4.500 rpm. Ele é gerenciado por um câmbio CVT com oito marchas pré-programadas, que direciona a tração para as rodas dianteiras nas três versões iniciais e para as quatro rodas na versão de topo. O sistema usado na HPE-S S-AWC tem acoplamento eletromagnético do diferencial central, comandado por uma chave seletora no console central. Por conta do espaço ocupado na versão pelo diferencial traseiro, a capacidade do tanque de combustível é reduzida de 63 para 60 litros. Segundo a marca, o Eclipse Cross faz de zero a 100 km/h em 11,1 segundos (11,4 s na S-AWC) e tem máxima de 195 km/h.

Além do novo visual, a única outra diferença relevante foi no interior, com a nova central multimídia da JBL, que já estreia um pouco defasada na comparação com os rivais diretos. Ela funciona com uma tela de apenas 7 polegadas e oferece espelhamento através de Android Auto e Apple CarPlay somente via cabo – outros SUVs médios já trazem conexão sem fio e telas com mais de 10 polegadas. Nas versões HPE-S, o equipamento acrescenta saída para subwoofer e GPS interno, via satélite.

Em relação ao conteúdo, a variação em relação às versões é bem grande. A versão de entrada GLS traz de relevante apenas rodas de liga leve de 18 polegadas, monitoramento de pressão dos pneus, luz de condução diurna, seis airbags, sensor de luz e chuva, volante multifuncional e ar-condicionado digital com uma zona de temperatura. Externamente, a versão pode ser identificada pela grade em preto fosco e os faróis halógenos.

Mas é nas versões HPE-S que os equipamentos começam a ficar mais tecnológicos. O Eclipse passa a contar com sistemas avançados de auxílio ao condutor – ADAS na sigla em inglês – como controle de cruzeiro adaptativo, monitor de faixa de rolagem, sensor de ponto cego, alerta de tráfego traseiro cruzado, farol alto automático, alerta de colisão frontal com frenagem autônoma, e sistema de prevenção de aceleração involuntária para manobras de estacionamento.

Na distribuição das vendas entre as versões, a Mitsubishi espera que a atual proporção seja mantida, com 14% de GLS, 36% de HPE, 25% de HPE-S e os restantes 25% de HPE-S S-AWC. A esperança é que, com as mudanças no visual, o Eclipse Cross supere a atual média de quase 200 unidades por mês e deixar de ser um “patinho feio” entre os SUVs médios – é o sétimo em um segmento com 10 competidores e vendas mensais a 10 mil unidades. MITSUBISHI ECLIPSE CROSS

Álbum de fotos

Foto: DIvulgação

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