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Esporte Quinta-feira, 07 de Janeiro de 2016, 00:00 - A | A

07 de Janeiro de 2016, 00h:00 - A | A

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Do G1 Rio



 Um ano e meio depois da Copa do Mundo, o Estádio do Maracanã, na Zona Norte do Rio, está se transformando numa dor de cabeça. O consórcio acumula prejuízos e quer devolver o equipamento esportivo para o governo do estado. No entanto, em entrevista ao Bom Dia Rio, o secretário estadual da Casa Civil Leonardo Espíndola garantiu: “a única coisa que o governo do estado não voltará a fazer é operar o Maracanã”.

“O governo do estado tem de cuidar de saúde, educação e segurança. Isso foi fundamental. A gente tem uma empresa privada cuidando do Maracanã, que tem uma gestão cara”, disse o secretário, que informou que a demissão promovida pela concessionária de 75% de seus funcionários é para cobrir o período de exclusividade durante as Olimpíadas, quando o estádio ficará sob administração do Comitê Rio 2016.

O secretário explica que inicialmente dois equipamentos do complexo esportivo do Maracanã, o Estádio Célio de Barros, de atletismo, e o Parque Aquático Júlio Delamare seriam demolidos para que no lugar deles fossem construídos estacionamentos, cinemas, lojas, academias de ginástica, que daria ao Maracanã realmente o sentido de complexo. Mas o governo do estado resolveu repensar e modificar o projeto. Espíndola admite que o estado alterou unilateralmente o contrato.

“O Maracanã mudou a sua rentabilidade. Os contratos com administração pública permitem alteração unilateral. A concessionária poderia desistir do negócio quando houve essa perspectiva, mas não foi essa a intenção da concessionária. Ela resolveu continuar no negócio mesmo com essa modificação”, explicou Espíndola.

O secretário estadual da Casa Civil acrescentou que a previsão inicial de investimento da concessionária era de R$ 594 milhões. Mas quando o estado decidiu impedir a demolição do Célio de Barros e do Júlio Delamare, esse investimento, no entendimento do estado deveria ser de R$ 140 milhões, segundo estudos feitos pela Fundação Getúlio Vargas. No entanto, a concessionária calcula que esse investimento teria de ser de R$ 90 milhões. Esse investimento, segundo Espíndola, seria aplicado na reconstrução dos dois equipamentos.

“A concessionária nunca sinalizou para a gente vontade de desistir. Nosso interesse é que a concessionária continue no negócio. É preciso que a gente faça um aditivo com os novos termos do contrato e é isso que se vem discutindo com a concessionária esse tempo inteiro. Nos próximos meses, vamos ter um período de exclusividade de uso para as Olimpíadas – festas de abertura e encerramento e final da competição de futebol. Ele será devolvido à concessionária ao final dos Jogos Paralímpicos”, disse o secretário, acrescentando que durante o período de exclusividade, o estado vai continuar conversando com a concessionária sobre uma nova perspectiva de investimento no Maracanã.

Espíndola observou que quase todas as arenas construídas para Copa do Mundo têm problemas de rentabilidade, por uma série de fatores, como preço de ingressos, os tipos de eventos esportivos realizados e o próprio futebol que perdeu seus grandes jogadores para times do exterior. Mas que a concessionária do Rio quer continuar a operar o Maracanã, mas que é preciso definir os termos desse novo negócio.

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