Assessoria/ Ibama
O SinaflorLab, ação que inclui análises e tratamentos das informações apresentadas no Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) e através do Documento de Origem Florestal (DOF); para promover o controle e saneamento dos dados incluídos; apresentou, no mês de fevereiro, os resultados referentes ao exercício de 2024.
Uma das principais ações estratégicas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para o Plano Nacional Anual de Biodiversidade (Planabio), a iniciativa se destacou em 2024 pelo uso de inteligência de dados para auditar sistemas de monitoramento florestal, identificar potenciais fraudes e aprimorar a gestão florestal no país.
Utilizando a tecnologia, a Diretoria de Biodiversidade e Florestas (DBFlo), por meio do SinaflorLab, identificou uma série de inconsistências nos dados inseridos nos sistemas federais de controle da origem de produtos florestais com base na utilização de ferramentas de Business Intelligence, análises geoespaciais e auditoria de dados. O objetivo é gerar conhecimento a partir da análise do padrão de dados inseridos no Sinaflor e DOF, de modo a aprimorar a gestão florestal conduzida pelos entes estaduais e municipais, além de coibir fraudes, ampliando o controle sobre a exploração florestal.
Entre os principais resultados, o relatório anual de atividades do SinaflorLab, revela o bloqueio de mais de 1,7 milhão de metros cúbicos (m³) de créditos florestais inconsistentes, o que é equivalente a 42 mil caminhões de madeira. Deste total, quase 291 mil metros cúbicos estavam vinculados a Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) com indícios de irregularidade, 1,4 milhão m³ foram identificados em autorizações de Corte de Árvores Isoladas (CAI) e 4,8 mil m³ estavam associados a autorizações de desmatamento.
Outro destaque do relatório foi a detecção de 3.927 autorizações estaduais enviadas em multiplicidade ao sistema federal, totalizando mais de 16 milhões de m³ autorizados para supressão. Além disso, foram identificadas inconsistências em autorizações de desmatamento em uma área equivalente a 7,5 milhões de hectares.
Estas ações estratégicas tiveram impactos diretos na fiscalização ambiental. Apenas no estado do Amazonas, as análises do SinaflorLab subsidiaram a lavratura de R$ 22 milhões em multas no ano de 2024.
Perspectivas de futuro
Para 2025, as perspectivas do SinaflorLab incluem o aprimoramento dos sistemas de monitoramento, a ampliação dos investimentos em tecnologia e capacitação e o fortalecimento da auditoria remota, reduzindo a necessidade de vistorias presenciais. O planejamento também prevê a elaboração de um estudo quinquenal sobre a exploração de madeira nas 27 unidades da federação, com a possibilidade de publicação em livro.