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Nacional Terça-feira, 23 de Julho de 2024, 09:09 - A | A

23 de Julho de 2024, 09h:09 - A | A

Nacional / Mata Atlântica

Nova espécie de árvore frutífera descoberta na Mata Atlântica

Trata-se de uma árvore de grande porte que se notabiliza pelas suas flores grandes e de coloração rosada



ablo Viany (NuAC/CNCFlora/JBRJ)

A Mata Atlântica ganha uma nova espécie de árvore frutífera! A recém-descoberta Eugenia guapiassuana foi assim batizada pelos pesquisadores em referência à localidade de Guapiaçu, no município de Cachoeiras de Macacu, onde foi encontrada pela primeira vez pelo Sr. Messias Gomes da Silva, funcionário da Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA).

Trata-se de uma árvore de grande porte que se notabiliza pelas suas flores grandes e de coloração rosada, contrastando com outras espécies do gênero Eugenia, um dos gêneros mais ricos da flora brasileira, que tipicamente apresentam flores pequenas e brancas. Devido ao seu parentesco próximo com Eugenia involucrata, árvore frutífera nativa popularmente conhecida como cereja-do-rio-grande, a Eugenia guapiassuana recebeu o nome popular de cereja-de-guapiaçu.

Tronco de um exemplar da 'Eugenia guapiassuana'
Tronco de um exemplar da 'Eugenia guapiassuana'

A espécie é caducifólia, ou seja, perde totalmente suas folhas na época da floração, o que confere ainda mais destaque à árvore, que pode ser reconhecida à distância pela vistosa copa de coloração rosada. Seus frutos apresentam uma coloração vermelho-vivo e polpa alaranjada e suculenta, bastante aromática e de sabor levemente ácido. Infelizmente, a espécie enfrenta um risco crítico de extinção por conta da sua raridade e da degradação do seu habitat, principalmente devido a atividades agrícolas e à expansão urbana.

Flores da 'Eugenia guapiassuana'
Flores da 'Eugenia guapiassuana'

O artigo em que a espécie é descrita foi publicado no Kew Bulletin, importante revista científica da área de Botânica, e é fruto de uma colaboração entre pesquisadores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, da Universidade Federal do Ceará e do Sítio E-Jardim. O trabalho contou com o apoio técnico e logístico da REGUA.

Acesse o artigo original (em inglês).

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