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Opinião Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 00:00 - A | A

26 de Agosto de 2020, 00h:00 - A | A

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EDITORIAL:Dia Internacional da Igualdade Feminina



Nesta quarta-feira, 26 de agosto, celebra-se o Dia Internacional da Igualdade Feminina, uma data para a reflexão do importante papel que a mulher tem na sociedade e os muitos desafios que ainda há a vencer. Apesar do empoderamento e das conquistas obtidas nas últimas décadas, a desigualdade de gênero prevalece, mesmo com as mulheres tendo comprovado que são tão eficientes ou até mais que os homens em muitos postos das organizações empresariais, na política, no Judiciário e Ministério.
Contudo, elas ainda são a minoria nestes campos e na iniciativa privada, o salário das mulheres é menor que a de homens que exercem o mesmo cargo.  A mulher, com bases em diversas estatísticas e estudos, como a PNAD [Amostra por Domicilio Contínua] do IBGE, ainda são menos valorizadas em comparação ao homem.
 A pesquisa PAND revela que no Brasil, as mulheres que concluem do ensino superior, tem salários 38% menor que os homens que estão na mesma posição. Já o salário médio das brasileiras é 22% menor do que o gênero masculino. Enquanto eles têm salário de R$ 2.495, elas ganham R$ 2. 458. 
Não bastasse estas diferenças no campo das diversidades, o Brasil está entre os países que mais registram violência de gênero. O percentual de mulheres agredidas por ex-companheiros, subiu de 13% para 37% entre 2011 e 2019. Os agressores são ex-maridos e também ex-namorados. Números que representam um aumento de 284% desses casos. 

Dados são da 8ª edição da Pesquisa Nacional sobre Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, realizada pelo Instituto de Pesquisa DataSenado em parceria com o Observatório da Mulher contra a Violência. Pasma-se! Mas 36% das brasileiras já sofreram violência doméstica. Também nos últimos anos cresceu nas mulheres brasileiras a sensação de que não são tratadas com respeito. Esse sentimento era apontado por 35% em 2013, mas chegou a 56% na sondagem mais recente.
Em 2019, dos 3.739 homicídios dolosos de mulheres, 1.314 foram feminicídios. E em 2020, com a crise sanitária causada pela pandemia do coronavírus, os casos de feminicídio registrados entre os meses de março e abril aumentaram em 22,2% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 
Em Mato Grosso, o número de vítimas de 6 em 2019, subiu para 15 neste ano nos meses de março a abril. Em março, o número de feminicídios saltou de dois para 10. Já em abril passou de quatro para cinco casos.
Diante desta realidade, este dia Internacional da Igualdade Feminina, não pode passar sem uma profunda reflexão por parte da sociedade. A atuação das mulheres para os avanços das conquistas a favor da humanidade, seja na família, na política, na ciência e nas corporações, tem sido cruciais nas primeiras duas décadas deste novo milênio. Portanto, que se pensem sobre o importante papel que a mulher exerce na sociedade, e que possamos, sobretudo, respeitá-las e reconhecer o seu valor.

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