Reportagem
Mato Grosso do Norte
O ex-governador Júlio Campos (União), deputado estadual eleito, teve seu nome inserido na disputa da eleição para a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). O grupo liderado pelo atual presidente, Eduardo Botelho, lançou o nome de Júlio, que tem vasta experiência política, para contrapor a candidatura do deputado Max Russi (PSB), que se posiciona como favorito para se eleger presidente do parlamento estadual.
Botelho se retirou da disputa por ter recebido uma resposta do Supremo Tribunal Federal (STF) e não poderá ser presidente na próxima Legislatura.
Campos confirmou, nesta quinta-feira, que iria se reunir com os aliados para discutir sobre o assunto. “Há um grupo de parlamentares que me procurou no sentido de se eu pudesse colocar meu nome à disposição para disputar a Presidência da casa na próxima legislatura. Vamos conversar, dialogar, discutir essa eventualidade de uma possível candidatura minha à Presidência do Poder Legislativo”, disse.
O ex-governador afirmou que não estava em seus planos pessoais ser candidato e que ainda não conversou com o governador Mauro Mendes (UNIÃO), mas que os 14 parlamentares que já haviam declarado voto em Botelho insistem que possa haver esta nova opção de chapa.
Júlio afirmou que ainda não conversou com Mauro, mas não acredita que o governador seja contra seu nome. “O governador sempre vai ser ouvido, é natural. Acredito que o governador não terá nenhuma indisposição em apoiar um outro candidato a presidente que é até do seu partido, uma das grandes bases é justamente, estamos lançando alguém do União Brasil, que apoiou o governador, que esteve ao lado do governador não só nessa, como na eleição passada. Então não vejo essa dificuldade. Temos um bom relacionamento e vamos conversar com o senador Jayme Campos, com o deputado federal Fábio Garcia, com o deputado federal Coronel Assis, que são dirigentes do partido, lideranças expressivas do partido. Conversarmos em conjunto para ver se é possível esse projeto”, completou o ex-governador.
Júlio diz ter o apoio de 14 dos 24 deputados, ou seja, todos que já haviam declarado voto em Botelho.
Já o deputado Max Russi disse à imprensa que tem 15 nomes de deputados que o apoia. Para uma chapa ser eleita, precisa de 13 votos. O parlamentar considera natural que o 1º secretário [que é o seu caso] seja candidato à presidência.