O governador Pedro Taques (PSDB) falou nesta quarta-feira (4) que não poderá ser responsabilizado por atos cometidos por terceiros em sua administração e reconhece que não acabará com a corrupção em Mato Grosso.
A declaração foi dada em uma coletiva de imprensa onde o governo justificou as causas que sustentaram esquema de pagamento de propina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc), descoberto pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e que levou a prisões de servidores públicos e empresários, na manhã de terça-feira (3).
"Cabe a mim velar e trabalhar para que atos como estes não ocorram. Tem corrupção no governo e outros atos irregulares virão. Alguém conhece uma administração que não haja corrupção?", lamentou Taques alegando que atos ilícitos na administração pública são intoleráveis.
Ele reconheceu existência de falhas. "Estes fatos revelam que o mecanismo precisa melhorar e teremos que achar onde erramos".
Com relação ao ex-secretário de Educação, Permínio Pinto, o governador disse que não fará juízo de valores antes das auditorias serem realizadas pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), e pelo secretário interino, José Arlindo de Oliveira Silva.
"É um misto de tristeza e de alegria. É triste por causa do que ocorreu e alegria porque temos instituições capacitadas que estão funcionando muito bem. Quero dizer que pra mim não interessa o que o Ministério Público Estadual, a Polícia Civil ou Gaeco estão investigando, mas sim, que elas estão funcionando".
Conforme o governador, todas as empresas com contratos com a Seduc passarão por auditorias, algumas delas, inclusive, têm contratos com a Secretaria de Infraestrutura do Estado (Sinfra).
"Outras pastas também serão verificadas. Não aceitamos corrupção. Diferente de outras gestões que jogaram tudo pra debaixo do tapete, iremos evitar que novos atos ilícitos ocorram no governo".