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Variedades Domingo, 31 de Maio de 2020, 00:00 - A | A

31 de Maio de 2020, 00h:00 - A | A

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AUTO MUNDO: Tudo incluído



por Rubén Hoyo

Autocosmos.com/México

Exclusivo no Brasil para Auto Press

                A princípio, uma divisão dedicada a versões muito esportivas, como a AMG, não deveria nem olhar para os SUVs, reconhecidos como os novos “carros de mãe” pela praticidade, mas extremamente desajeitados. Mas a realidade não é bem essa. Nem a preparadora da Mercedes, nem a M, da BMW, e muito menos marcas intrinsecamente esportivas, como a Porsche, deixam de fora o filão do mercado que mais cresce. Hoje, na verdade, os SUVs se tornaram pedras angulares da gama de produtos AMG. Eles já representam 50% das vendas da preparadora. E fica maios clara a importância do segmento quanto se constata que 71% das vendas da AMG nos Estados Unidos são de SUVs.

                No caso específico do modelo Mercedes-AMG GLE 63 S 2021, ele ainda pertence à linhagem mais antiga da AMG, com origens que a remontam a 1999, quando a ML 55 nasceu. Sob o capô, a antepassada da GLE carregava um V8, com câmbio mecânico e na época brutais 347 cv. Esta primeira geração, como era de se esperar, era muito forte nas retas, mas fraquejava nas curvas bem. Duas décadas depois, a GLE 63 S se tornou um monstro que, graças às imensas quantidades de tecnologia embutida, pode até humilhar muitos carros que alegam ser esportivos, apesar de ter cerca de duas toneladas. e meia. Este SUV é capaz de acelerar, frear e fazer curvar de forma quase inacreditável.

                Vários recursos concorrem para este comportamento notável. O primeiro e o mais importante, é a estreia do novo motor biturbo V8 de 4.0 litros da AMG combinado com um sistema Mild Hybrid, ou híbrido suave, de 48 volts. Em comparação com o V8 anterior, este propulsor é mais compacto, leve e poderoso. A transmissão é a 9G Tronic automática, com nove velocidades. Uma curiosidade é que o sistema de escape passa pelo meio do V, para melhorar o fluxo dos gases do escape até os turbocompressores de rotor duplo. A potência chega a 603 cv, com 86,7 kgfm de torque – sem contar os 21 cv e os 25,4 kgfm adicionais do sistema de 48 volts. O EQ Boost, como a Mercedes chama de sistema, é responsável por inúmeras funções, além de fornecer mais energia para acelerações. Daí a aceleração de zero a 100 km/h em 3,8 segundos.

                Ele é responsável por gerenciar a operação do Start/Stop, função que executa de forma imperceptível, controla a rotação do motor em marcha lenta, para reduzir o consumo, e fornece energia nas acelerações nos momentos em que o motor térmico ainda não está pleno. Ou seja: elimina completamente o turbo lag. O EQ Boost também fornece a energia para a suspensão pneumática ativa e ao sistema Active Ride Control – barra estabilizadora ativa que controla quase inteiramente a rolagem da carroceria. Com isso, o GLE 63 S permitirá contornar as curvas em alta velocidade sem inclinar quase nada.

                A suspensão mantém automaticamente a altura do SUV, independentemente da carga. Ela varia em altura e rigidez apenas nas mudanças no modo de condução. Na configuração Comfort, por exemplo, o SUV aumenta a distância para o solo. A altura é reduzida automaticamente em 10 mm quando o carro atinge 120 km/h e volta à posição original quando a velocidade fica abaixo de 70 km/h. Nos modos Sport, Sport+ ou Race, os mesmos 10 mm são automaticamente reduzidos. Já as coifas da suspensão ficam progressivamente mais rígidas, conforme se avança para os modelos mais esportivos. Nos modos off-road, Sand e Trail, o SUV é elevado em 55 mm para rodar em estradas em más condições até 70 km/h. A partir dessa velocidade, ele retorna à altura padrão.

                A tração nas quatro rodas é feita através do sistema 4Matic+, que apresenta distribuição de torque variável e diferencial de deslizamento limitado. Quando se move sem maiores exigências, a energia é enviada às rodas traseiras. Quando encara situações mais desafiadoras, no entanto, uma embreagem controlada eletronicamente envia energia ao eixo dianteiro instantaneamente e gerencia a entrega de torque para responder às condições. Para definir a distribuição, o sistema considera ângulo do volante, velocidade, acelerações lateral e longitudinal, marcha engatada e a velocidade em cada roda. O sistema de freios para responder a tudo isso é composto por discos de 400 mm e pinças de seis pistões na frente e discos de 370 mm com pinças de pistão único na traseira – o freio carbono-cerâmica é opcional.

                                O volante, de base achatada e revestido em Alcântara, traz dois novos controles. No lado esquerdo, um pequeno controle que se projeta do volante permite selecionar rapidamente algumas funções de direção, como som do escapamento, o ESP ou a rigidez da suspensão. Por outro lado, por um botão circular no entroncamento dos raios, se pode escolher o modo de condução. O centro do botão é uma tela que indica, por meio de uma letra, o modo selecionado

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