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Agronegócio Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024, 08:25 - A | A

04 de Outubro de 2024, 08h:25 - A | A

Agronegócio / produtos agropecuários

União Europeia pede adiamento da lei antidesmatamento

O pedido foi feito após pressão de países exportadores de produtos agropecuários, como o Brasil



Assessoria

A Comissão Europeia solicitou, na quarta-feira, 2, o adiamento da execução da lei antidesmatamento por pelo menos um ano. O pedido foi feito após pressão de países exportadores de produtos agropecuários, como o Brasil. Além disso, a instituição publicou documentos com diretrizes e orientações para o cumprimento das regras, bem como os princípios da metodologia que será aplicada para classificar o risco dos países que exportarão sua produção para a União Europeia.

Para a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), o anúncio traz tranquilidade aos produtores que já sofrem com outro embargo europeu: a moratória da soja. De acordo com o presidente do Sistema Famato, Vilmondes Tomain, a lei proposta pela Comissão Europeia é um insulto à soberania brasileira.

“Os produtores do Bioma Amazônia já enfrentam desafios significativos devido a esse acordo, que afeta diretamente a comercialização da soja na região, e essa lei antidesmatamento traria prejuízos ainda maiores. A Europa precisa reconhecer que nossos produtores são os mais comprometidos com a preservação ambiental, e os números provam isso. Aqui em Mato Grosso, 62% da nossa área permanece totalmente preservada seguindo rigorosamente o Código Florestal Brasileiro, um dos mais rígidos do mundo”, explica Vilmondes.

Se aprovada pelo Parlamento e pelo Conselho Europeu, a lei prevê a proibição da importação de commodities produzidas em áreas desmatadas após 2020, mesmo que a abertura das áreas tenha sido feita de forma legal.

A Comissão Europeia também reconheceu a pressão feita por vários países exportadores nos últimos meses. Países-membros da União Europeia como Itália, Polônia e Espanha, também pediram o adiamento das regras. O setor agrícola alemão havia cobrado o adiamento da proposta dizendo é preciso controlar o “monstro burocrático” e que os agricultores alemães e os proprietários florestais seriam sobrecarregados.

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