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Atualidades Segunda-feira, 28 de Maio de 2018, 00:00 - A | A

28 de Maio de 2018, 00h:00 - A | A

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Alta Floresta realizou manifesto em favor da paralisação dos caminhoneiros



Edemar Savariz
Especial para MT Norte

Uma mobilização que começou pelas redes sociais chamando a população de Alta Floresta para irem às ruas, resultou em uma manifestação na manhã de sábado (26). Apesar da escassez de combustível, um grande número de pessoas compareceram no movimento. 
Um dos idealizadores, Emanuel Carlos, disse que a população tem que aderir a esta paralisação dos caminhoneiros. “Estamos aqui mostrando nosso apoio a este movimento dos caminhoneiros, que estão lutando por todos os brasileiros. Acredito, que se a população do Brasil aderir este movimento, conseguiremos mudar muitas coisas neste governo”, disse Emanuel.
“A participação da população é fundamental. O Brasil está passando por uma situação crítica, principalmente no transporte rodoviário. Se a população não se unir em prol dos caminhoneiros, eles sozinhos não irão conseguir. Nós não somos nada sem o transporte rodoviário, temos que nos unir para brigar por uma melhor infraestrutura, preço dos pedágios, combustíveis e impostos mais baixos”, enfatiza Emanuel. 
Emanuel complementa dizendo que manifestações como esta, pacífica e totalmente sem partidarismo político faz com que a população seja ouvida. “Não temos nenhuma bandeira partidária, nossa bandeira é a do Brasil e a nossa luta é contra a corrupção que infelizmente assola o país”, complementa.
Durante a manifestação também esteve participando alguns empresários, que vieram dar apoio ao movimento. Pedro Daparé, proprietário de uma empresa de materiais de construção, enfatiza que é importante a participação da classe empresarial neste movimento.
 “Eu vejo esta manifestação como o quarto poder do Brasil, além do legislativo, executivo e judiciário, hoje nós temos o poder dos caminhoneiros e da população. Esse poder ninguém esperava, e os caminhoneiros não estão sozinhos a população e a classe empresarial estão com eles”, disse o empresário.

Para o empresário, estão passando uma falsa imagem do movimento. “As rodovias não estão bloqueadas, remédios e produtos hospitalares estão passando normalmente, o que está acontecendo é uma paralização e não uma greve, estão tentando jogar a população contra os caminhoneiros”, complementa.
“Da forma que está não tem mais condições do empresário tocar sua empresa. Além dos altos impostos, quando sobe o óleo diesel, sobe todos os produtos. Está inviável tocar o Brasil hoje, devido ao custo da corrupção e nós brasileiros chegamos no limite, temos que tomar uma atitude radical”, enfatiza.
De acordo com a Polícia Militar, participaram da carreata, 102 veículos, entre carros de passeios, caminhonetes e caminhões e 62 motos.
EM ALTA FLORESTA – A greve dos caminhoneiros chegou neste domingo ao 7 dia e o município sofre com a falta de alguns produtos, entre eles combustíveis. Neste domingo ainda se encontrava óleo diesel em alguns postos, mas etanol e gasolina estão em falta em todo o município.
O Aeroporto Municipal, Osvaldo Marques Dias (Osvaldo Boiadeiro), operou normalmente neste dia 27, mas com incerteza dos próximos dias, segundo informações, o aeroporto ainda tem combustível para operar nesta segunda e terça-feira, mas fica a incerteza se os aviões que vem para Alta Floresta conseguirão abastecer em outros aeroportos. 
Por terra, a Verde Transportes Rodoviários, já está cancelando a venda de passagens para algumas rotas, entre elas: Alta Floresta à Sinop, nos horários das 5:00 e das 10:00 horas e Alta Floresta à Nova Monte Verde às 19:00 horas, já os ônibus que fazem linhas interestaduais estão operando normalmente.
REIVINDICAÇÃO - A principal exigência é a queda no preço do óleo diesel: segundo os representantes dos transportadores, o custo atual do óleo torna inviável o transporte de mercadorias no país.
Para reduzir o preço do diesel, as entidades querem que o governo estabeleça uma regra para os reajustes do produto - hoje, os preços flutuam de acordo com o valor do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar.
Além disso, há outras reivindicações na pauta dos caminhoneiros, de acordo com o Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam). Entre elas, a isenção do pagamento de pedágio dos eixos que estiverem suspensos (quando o caminhão está vazio e passa a rodar com um dos eixos fora do chão). A aprovação do projeto de lei 528 de 2015, que cria a política de preços mínimos para o frete, e a criação de um marco regulatório para os caminhoneiros.
Segundo o sindicato, o caminhoneiro faz um cálculo do custo do frete (antes de partir) e um caminhão grande usa até R$ 2 mil de óleo diesel por dia. Agora, o caminhoneiro às vezes viaja durante cinco dias. Teve semana que o diesel subiu todos os dias (invalidando a estimativa de custo). 

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