Reportagem
IBGE
Em 2022 havia, em Mato Grosso, 2.644 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade alfabetizadas, mas 164 mil pessoas com o mesmo perfil ainda não sabiam ler ou escrever um bilhete simples.
Ou seja, a taxa de alfabetização foi de 94,2% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 5,8% deste contingente populacional; Lucas do Rio Verde é o município com a melhor taxa de alfabetização do estado com 97,16% da população alfabetizada (com idade de 15 anos ou mais.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE- traz a público a 10ª divulgação temática dos resultados do Censo Demográfico 2022 (CD22)
Os dados do Censo Demográfico 2022 destacam um panorama encorajador da alfabetização no Brasil. Com uma população de 163 milhões de pessoas com 15 anos ou mais de idade, constatou-se que 151,5 milhões possuíam habilidades para ler e escrever um bilhete simples, enquanto 11,4 milhões ainda enfrentavam dificuldades nesse aspecto fundamental. Isso refletiu em uma taxa de alfabetização de 93,0%, com uma taxa de analfabetismo de 7,0% nesse grupo demográfico.
Analisando especificamente Mato Grosso, dos 2,8 milhões de indivíduos com 15 anos ou mais, 2,6 milhões demonstraram proficiência na leitura e escrita de um bilhete simples, enquanto 164 mil ainda careciam dessa habilidade básica. Com isso, a taxa de alfabetização atingiu 94,19%, com uma taxa de analfabetismo de 5,81% nesse contexto regional.
A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e os de 2022 indica que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 1990, e a transição demográfica que substituiu gerações mais antigas e menos educadas por gerações mais novas e mais educadas.
Em Mato Grosso, em 2022, o grupo de 20 a 24 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,16%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu aquele com a maior taxa de analfabetismo (23,99%).
Mesmo que gerações mais novas apresentem percentuais maiores de pessoas alfabetizadas em média, é possível verificar que a expansão educacional não beneficiou todos os grupos populacionais no mesmo ritmo.
No estado de Mato Grosso, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade era de 4,0% e de 2,4%, respectivamente
Em 2022, no estado de Mato Grosso, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade era de 4,0% e de 2,4%, respectivamente, enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas com 15 anos ou mais de idade era de 8,8%, 6,1% e 16,1%, respectivamente. A distância entre a população de cor ou raça branca e as populações preta, parda e indígena era maior em 2010, foram 8,1, 3,8 e 25,6 pontos percentuais, respectivamente, caindo para 4,8, 2,1 e 12,1 pontos percentuais, respectivamente, em 2022.
As mulheres tendem a apresentar melhores indicadores educacionais do que os homens, inclusive melhores taxa de alfabetização. No contexto mato-grossense, em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 94,5%, enquanto o de homens era 93,9% (maior que a média Brasil).
Essa vantagem das mulheres foi verificada em praticamente todos os grupos etários analisados, exceto entre os mais velhos de 65 anos ou mais de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 76,7%, comparado ao de 75,4% das mulheres.
Municípios - As melhores taxas de alfabetização no estado de Mato Grosso estão em 23 municípios. Lucas do Rio Verde lidera com a melhor taxa de alfabetização com 97,16%, seguido de Primavera do Leste (96,81%), Cuiabá 96,73%) e Sinop com 96,57%.
Indígenas - Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que, no País, havia 1 187 246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1 008 539 sabia ler e escrever um bilhete simples e 178 707 não sabiam ler e escrever um bilhete simples.
Mato Grosso - O total de pessoas indígenas com 15 anos ou mais de idade em 2022 era de 34.265 pessoas, destas 28.770 (83,96%) eram alfabetizadas e 5.495 (16,04%) não alfabetizadas. Assim, a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas no estado foi de 16,04%.
