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Atualidades Sexta-feira, 20 de Setembro de 2024, 08:21 - A | A

20 de Setembro de 2024, 08h:21 - A | A

Atualidades / Gestão Florestal

Evento de identificação de árvores da Amazônia está sendo realizado

Evento inédito foi aberto nesta quinta-feira e se estende na no sábado em Alta Floresta



Assessoria
Cipem

Começou na quinta-feira, 19, e prossegue até sábado, 21, o 1º Encontro de Identificadores de Árvores Nativas da Amazônia. Localizado no bioma amazônico, o município de Alta Floresta sedia o evento. Durante 3 dias, 40 participantes irão trocar experiências e atualizar informações para aprimorar a gestão florestal. A maioria dos inscritos são profissionais que atuam direto no campo, como os mateiros.

Organizado pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) em parceria com a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) e Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), o encontro inédito será realizado no auditório do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), após mudança de local.

Fortalecer a rede de identificadores de árvores ajuda a aprimorar a coleta botânica e de madeira, bem como os inventários florestais, promovendo práticas florestais mais sustentáveis e eficientes, observa o presidente do Cipem, Ednei Blasius. Em Mato Grosso, a produção madeireira baseada na extração vegetal é realizada a partir de técnicas de manejo florestal, estabelecido na Amazônia há mais de 50 anos.

Atualmente Mato Grosso detém 5,020 milhões de hectares de florestas nativas, contidas em áreas de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), com potencial para chegar a 6 milhões (ha). Por meio de Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) é possível administrar as florestas em sinergia com a conservação ambiental, ao equilibrar a colheita de espécies arbóreas adultas devidamente autorizadas pelos órgãos ambientais competentes. Com o planejamento e colheita seletiva das espécies arbóreas autorizadas fica assegurado que a capacidade de regeneração da floresta não será comprometida. O manejo florestal envolve o monitoramento contínuo das condições da floresta e a avaliação da eficácia das práticas de manejo implementadas.

Neste processo, a identificação de árvores nativas é fundamental, possibilitando distinguir as diferenças entre as espécies, como cor, padrão e textura da madeira. Também são observadas densidade e resistência à compressão, características celulares e anatômicas da madeira, com ajuda de microscópios e outras ferramentas tecnológicas, como espectroscopia de infravermelho e imagens digitais.

Frequentemente, porém, são observados erros nas listas de nomes científicos com inclusão de árvores que não existem no bioma amazônico e até nomes de outras espécies, como arbustos e ervas, associados a volumes de madeira, explica o presidente do Cipem. “Este problema tem sido relativizado devido ao baixo número de profissionais capacitados no reconhecimento das espécies, bem como pela ausência de protocolos e regulamentações que permitam melhorar ou eliminar tais falhas”, afirma.

Blasius observa que para evitar práticas equivocadas de reconhecimento de espécies arbóreas, que continuam sendo nomeadas por nomes vulgares aos quais são associados nomes científicos de maneira imprecisa, foi iniciado em 2023 o projeto “Espécies Arbóreas Mais Comercializadas do Estado de Mato Grosso”. A ação visa a aplicação de nomes vulgares às árvores comerciais, orientando a correta atribuição de nomes científicos com base no reconhecimento das características morfológicas das espécies. A ação tem sido executada pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) juntamente com a Universidade do Estado de Mato (Unemat).

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