José Vieira
Mato Grosso do Norte
Os efeitos da seca extrema nos rios e córregos da região norte de Mato Grosso está sendo catastrófico para os peixes que estão morrendo em grande quantidade. Na superfície dos leitos secos é comum cenas de animais mortos, apodrecendo e sendo comidos por urubus. Com a seca, falta oxigênio dissolvido na água, causando um impacto nos organismos aquáticos e os peixes morrem sufocados.
Este fenômeno, conforme especialistas do clima, poderá afetar o futuro de várias espécies de peixes, podendo levá-las a diminuição significativa ou até mesmo a extinção. Cenário que se agrava ainda mais com as mudanças climáticas que alteram os ciclos naturais da Amazônia.
Mesmo diante desta gravidade, a situação está sendo ignorada pelos órgãos competentes do setor de Meio Ambiente dos Governos Federal, Estadual e também das prefeituras, que até agora não tomaram nenhuma providência sobre este fato.
Na sessão de terça-feira, 17, da Câmara Municipal de Alta Floresta, o vereador Francisco Ailton (Republicanos), afirmou que recebeu uma denúncia de uma grande quantidade de peixe que está morrendo no rio Brilhante, que dista cerca de 5 quilômetros do bairro Vila Nova.
O vereador cobrou providências da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, afirmando que também já fez outras cobranças anteriores, mas que nenhuma atitude foi tomada por parte da prefeitura.
Em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, Ailton disse que espera que pelo menos os técnicos da Secretaria vão ao local e veja o que está acontecendo e se há algo que possa ser feito para amenizar o problema.
“Eu peço que a Secretaria de Meio Ambiente vá verificar o que está acontecendo. Apesar de ser pequeno, o Rio Brilhante é importante e tem muitos peixes”, observa.
Córrego do Severo
Dentro do perímetro urbano de Alta Floresta, no córrego do Severo, que corta a cidade em uma extensão de cerca de 13 quilômetros e largura de 4 metros, em vários pontos de seu curso, principalmente nos locais em que o volume de água foi reduzido a poças de água, há muitos peixes mortos.
Embaixo da ponte da avenida Mato Grosso, região cortada pelo córrego do Severo, já morreram muitos peixes. Quem passa pelo local pode sentir um odor fétido e os animais sendo devorados pelos urubus.
