por Ricardo Beristáin Martínez
Autocosmos.com/México
Exclusivo no Brasil para Auto Press
A Volkswagen vem apresentando aos poucos a versão para as Américas da terceira geração do SUV médio Tiguan. Começou pelos Estados Unidos em novembro e agora, em março, foi lançado no México, país em que é fabricado, na planta de Puebla. No Brasil, a chegada do modelo ocorrerá apenas depois que se esgotarem os estoques, provavelmente no segundo semestre. O modelo atual, de segunda geração, tem mostrado um desempenho tímido, com médias de emplacamento em torno de 240 unidades/mês – em parte, por conta do preço em torno de R$ 300 mil.
A terceira geração do Tiguan para as Américas é baseada no Volkswagen Tayron, um SUV ligeiramente maior que o Tiguan europeu e que é oferecido tanto na Europa quanto na China. Ambos se apoiam na mesma plataforma MQB Evo que o Tiguan All Space, mas ao contrário do modelo atualmente vendido no Brasil, que tem sete lugares, o Tiguan de terceira geração feito no México só está disponível com duas fileiras de assentos e cinco lugares.
A terceira geração do Tiguan mexicano adota uma estética leve e moderna, alinhada com a linguagem de design pioneira do Golf, que guiou o design da linha de elétricos da marca. Destacam-se os seus faróis mais finos, com a base reta, conectados uma linha de led na barra em material preto brilhante, onde o emblema iluminado da marca está instalado. A grade em si está instalada na parte inferior do para-choque, com uma trama em treliça na parte central.
As laterais têm linhas suaves, com uma linha de cintura alta e a base das janelas ascendente. O para-lama traseiro traz um ressalto valorizado por um vinco suave e o efeito de teto flutuante é criado prolongamento do friso da parte superior das janelas que invade a coluna traseira. A parte traseira repete o conceito da dianteira, com as lanternas interligadas por uma barra luminosa com a logo ao centro. Vários vincos horizontais buscam valorizar a largura do SUV.
O interior do Tiguan 2025 é caracterizado pela redução dos botões físicos, transferindo muitas funções para a tela sensível ao toque central - dependendo da versão, pode ser de 12,3 ou 15 polegadas. O painel de instrumentos digital de 10,25 polegadas é padrão em todas as variantes. Este sistema é compatível com Apple CarPlay e Android Auto e, em mercados selecionados, integrará o assistente de inteligência artificial ChatGPT, bem como ar-condicionado de zona tripla, seletor de modo de condução, iluminação ambiente, sistema de áudio Harman/Kardon de 12 alto-falantes, detalhes em madeira, bancos elétricos com ventilação e aquecimento e head-up display.
A Volkswagen equipou o Tiguan 2025 com um pacote de recursos ADAS que inclui frenagem autônoma de emergência, monitor de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo, faróis altos automáticos, monitoramento da pressão dos pneus, alerta de tráfego cruzado e manutenção de faixa. Além disso, esta geração pode ter até 10 airbags – frontais, laterais dianteiros e traseiros, de joelhos dianteiros e de cabeça.
O Tiguan 2025 é construído na plataforma MQB Evo, compartilhada com modelos como o Audi Q3 e o Volkswagen Golf VIII. Sob o capô, ele traz o motor 1.4 TSI de 150 cv, igual ao usado no Taos feito na Argentina. Graças ao uso de materiais como aço de alta resistência e alumínio na suspensão, foi alcançada uma redução de peso de 77 kg. A transmissão é uma caixa DSG de dupla embreagem de 7 velocidades, com tração dianteira. Para o Brasil, a tendência é que seja usado o motor EA888 2.0 turbo, que agora produz 204 cv de potência e 30,6 kgfm de torque. São 18 cv a mais que a especificação anterior, com o mesmo torque. O câmbio deve ser o mesmo usado atualmente, automático de 8 velocidades.
