Assessoria
O presidente do Sindicato dos Madeireiros do Extremo Norte MT (Simenorte) e vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Rogieri de Souza Almeida, se reuniu com os demais diretores da Fiemt e pediu para que a entidade busque junto a Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) a modernização do sistema de nota fiscal, fiscalização e acompanhamento da nota fiscal, deixando de exigir a nota fiscal impressa.
“Mato Grosso é muito grande e agroindústria tem uma demanda gigante. Para fazer o transporte de madeira, tenho que montar um escritório dentro do manejo florestal com internet via satélite, que é caríssima. Além disso, tenho que conseguir uma pessoa qualificada que opere o sistema de emissão de nota fiscal, o sistema da Sema pra emitir a guia florestal. Gera um monte de papel ao ponto que eu simplesmente poderia fazer tudo isso na cidade, mandando o arquivo no celular do motorista que vai receber pela internet, viajar com todos esses arquivos no WhatsApp dele. Em caso de fiscalização, o fiscal vai checar o documento eletrônico. Não tem mais essa necessidade de papel, que só gera custo, gasta tempo e inviabiliza um monte de atividade”, argumentou Frank.
Frank Rogieri pede que a Fiemt busque a modernização do sistema de notas fiscais e fiscalização da Sefaz
O empresário também destaca outro problema recorrente que é a locomoção de máquinas agrícolas. Ele aponta que o sistema eletrônico poderia otimizar e deixar o trâmite menos burocrático.
“Às vezes a pessoa tá fazendo um serviço de uma fazenda e precisa uma colheitadeira, por exemplo, para outra fazenda. Ele tem que emitir uma nota fiscal de transporte, contudo, muitas vezes não tem internet naquela fazenda, o lugar é longe, ele tem que mandar uma pessoa se deslocar até 150 km apenas para levar um papel, uma nota fiscal para fazer esse transporte, ao passo espaço que se a gente pudesse emiti-la, era só mandar o arquivo digital para o motorista e estaria resolvido”, defende.
Para o presidente do Simenorte, o atual modelo burocrático não traz segurança alguma ao Fisco Estadual, mas a mudança proposta para a Fiemt poderia diminuir despesa e a necessidade de pessoas trabalhando com a parte burocrática, agilizando o operacional. Frank também é crítico ao modelo de posto fiscal nas divisas com estrutura física.
“Nós precisamos desburocratizar, baixar custo, ter mais agilidade. Essa é a nossa solicitação junto a Sefaz. Não tem lógica esses postos fiscais físicos, se tudo é feito de forma eletrônica”, disse.