por Geraldo Bessa TV Press
André Luiz Frambach tinha apenas 10 anos de idade quando pisou em um estúdio de tevê pela primeira vez. Quase 20 anos depois, é com o mesmo respeito e emoção que ele encara qualquer nova oportunidade de atuar. Escalado para o final de “No Rancho Fundo”, onde vive o misterioso Elias, o ator foi puro empenho e empolgação ao longo da participação especial na atual trama das seis. “Adoro tramas rurais e o fato de o Elias ter a função de movimentar a história, trazer mais uma boa surpresa para os fãs da saga. Além disso, é uma possibilidade do público me ver bem cabeludo e em um papel diferente dos tipos urbanos que eu venho fazendo”, avalia.
Natural de Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro, a estreia de André no vídeo foi no especial “Por Toda Minha Vida” sobre a dupla Leandro e Leonardo. Na sequência, se destacou na minissérie “Queridos Amigos”, e esteve em folhetins como “Ciranda de Pedra”, “Passione” e, mais recentemente, “Cara e Coragem”. “No início, era tudo curiosidade e brincadeira. Mas logo comecei a pensar de fato na construção da minha carreira. É muito legal ter oportunidade de fazer tantas coisas diferentes na tevê, nos palcos, no cinema e também no streaming. Estou em um ótimo momento, criando bastante e desenvolvendo projetos autorais”, adianta o ator, que é casado com a atriz Larissa Manoela.
P – Seu personagem entrou na reta final de “No Rancho Fundo” de forma misteriosa. Como foi esse convite? R – Fui chamado pelo diretor Allan Fiterman e fui muito bem acolhido, mesmo entrando em uma novela que já estava no ar, com uma equipe entrosada. Já trabalhei com várias pessoas do elenco e da equipe. Já estava acompanhando a novela antes, mas claro que passei a acompanhar mais assiduamente quando soube que iria começar a gravar, até como objetivo de estudo, para entender mais o universo.
P – O que o motivou a participar desses 20 capítulos? R – O chamado foi muito carinhoso. E fazer um personagem tão diferente em uma novela de tom rural é muito instigante para mim, que estou mais acostumado a viver papéis urbanos. O Elias é um tipo bem fora da curva, que exige empenho de caracterização e construção. Ele tem pouco tempo para dizer a que veio. Então, a preparação teve que ser muito intensa.
P – Ele chega para se juntar ao time de vilões ou de mocinhos? R – O Elias pode seguir por ambos os lados. Acho muito interessante o fato de ninguém saber de onde ele veio, quem é e qual sua verdadeira intenção. Mas o personagem chega para surpreender o público e movimentar o conflito entre as duas principais famílias da história. P – Você já tinha alguma referência ou inspiração para viver um tipo como o Elias? R – Até que sim. Sempre fui completamente apaixonado pelo campo, pela terra, por essa vida da agricultura caseira, dessa conexão da natureza. Além disso, o texto é muito rico e usei muito a própria novela para entender como eu poderia criar um personagem realista, mas que respeitasse o tom lúdico da trama. Pouco antes de entrar em cena, também fiz aulas de prosódia e mudei de visual.
P – Já era uma vontade sua ter cabelos compridos? R – Eu tinha uma certa curiosidade. Junto com a equipe de caracterização e direção, pensamos no que seria legal e diferente de tudo que eu já fiz. Aí chegamos nesse cabelo grande que nunca tive. Adoro mudar para meus trabalhos e já assumi os cachos. Penso, inclusive, em ficar mais um tempo com esse visual depois que a novela chegar ao fim.
“No Rancho Fundo” – Globo, de segunda a sábado às 18h20.