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Nacional Quinta-feira, 19 de Julho de 2018, 00:00 - A | A

19 de Julho de 2018, 00h:00 - A | A

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Ex-senador Luiz Estevão e ex-ministro Geddel são transferidos para ala de segurança máxima da Papuda



Por Mara Puljiz, TV Globo

 

ex-senador Luiz Estevão(ex-PMDB-DF) e o ex-ministro Geddel Vieira Lima (MDB-BA), presos no Complexo da Papuda, em Brasília, foram transferidos nesta quinta-feira (19) para a ala de segurança máxima da penitenciária. A decisão da Vara de Execuções Penais do DF foi tomada após denúncias de que os políticos eram privilegiados com regalias nas celas.

Estevão e Geddel estão agora em celas individuais. O banho de sol também passa a ser individual – ou seja, eles não deverão ter contato com outros detentos.

No dia 17 de junho passado, a Polícia Civil do Distrito Federal fez buscas nas celas onde estavam o ex-senador e o ex-ministro da Articulação Política do governo Michel Temer. As buscas, deflagradas pela Coordenação de Combate ao Crime Organizado (Cecor) da Polícia Civil do DF e autorizadas pela Justiça, foram feitas a partir da denúncia de um preso.

 

Nas celas foram encontradas barras de chocolate, anotações que seriam de Geddel e pelo menos cinco pendrives – supostamente, de Luiz Estevão.Esta não é a primeira vez que Justiça do Distrito Federal determina que o ex-senador Luiz Estevão fique isolado no Complexo da Papuda por “falta disciplinar”. Em janeiro de 2017, uma revista na cela do empresário e na cantina do bloco encontrou “diversos itens proibidos, tais como cafeteira, cápsulas de café, chocolate, massa importada, dentre outros”.

Condenações

 

Condenado a 26 anos de prisão, Luiz Estevão também é acusado pelo Ministério Público de ter financiado a reforma do bloco onde cumpre pena. Ex-diretores do sistema penitenciário também são acusados de serem coniventes. Segundo o MP, a reforma foi paga por meio de uma empresa de fachada.

Luiz Estevão cumpre pena desde março de 2016. A condenação a 31 anos de prisão foi imposta pela Justiça de São Paulo. Eles responde pelos crimes de corrupção ativa, estelionato, peculato, formação de quadrilha e uso de documento falso nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Como dois dos crimes – quadrilha e uso de documento falso – prescreveram, a pena final caiu para 26 anos.

Geddel Vieira Lima foi denunciado na operação Cui Bono e está preso em Brasília desde setembro – antes, ele passou três meses em prisão domiciliar na Bahia. Durante a investigação, a Polícia Federal descobriu R$ 51 milhões em malas e caixas em um apartamento atribuído a ele, em Salvador (BA).

Geddel foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e obstrução de investigação. Ele está em prisão preventiva e ainda aguarda julgamento.

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