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Opinião Quarta-feira, 05 de Outubro de 2022, 09:59 - A | A

05 de Outubro de 2022, 09h:59 - A | A

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Alta Floresta, hoje, deve ser a cidade do Brasil que mais cresce!

Quando se fala de Alta Floresta em seu relacionamento indispensável com a Rota do Pacifico, trata-se de uma Alta Floresta, diferente do mapa, que se estende até a Ponte do Rio Juruena e até Lima, capital do Peru



Prof. Dr. Jose Antonio Tobias

Prezada(o) Leitora(or), concorda com esse título, acima, encontradiço no Nortão? (O termo popular para designar o “Norte do Estado de Mato Grosso” é “Nortão”). Ou, então, discorda? Ou ainda simplesmente está pensando?... Contudo, em qualquer uma das três posições, eis, a seguir, depois das observações preliminares, oito motivos ou motores dentre os muitos que poderão ajudar V. Sa. e qualquer pessoa na decisão por uma das três posições.

Observação preliminar: Neste artigo, quando se falar de Alta Floresta, mais de uma vez haverá necessidade de se entender Alta Floresta com a extensão de seu município indo além das fronteiras geográficas dos mapas. Por exemplo, quando se fala de Alta Floresta em seu relacionamento indispensável com a Rota do Pacifico, trata-se de uma Alta Floresta, diferente do mapa, que se estende até a Ponte do Rio Juruena e até Lima, capital do Peru.

 
 

Segunda observação: Diferentemente de Sinop e Sorriso com suas cidades vizinhas, Alta Floresta, desde a origem das numerosas cidades do Nortão, forma com elas uma sociedade única e unida, semelhante a uma locomotiva com seus vagões ou a uma central com suas filiais, beneficiando-se todas do progresso fantástico que tomou conta da cidade de Alta Floresta.

Terceira observação: Pessoas que não vivem em Alta Floresta e mesmo algumas que aqui vivem sem condições de acompanhar o progresso dos quatro cantos da cidade e lerem este meu artigo irão “entendê-lo” porque meu estilo é simples e caipira. Todavia, não conseguirão gozar da sensação de quem vê a grandiosidade assombrosa e a beleza fascinante dos motivos ou motores que geram o atual progresso de Alta Floresta. Por exemplo, são duas coisas bem diferentes: “conhecer” (sem ver) e “ver” os dois silos gigantescos na entrada de Alta Floresta, logo depois do Pedágio.

Primeiro motivo: Loteamentos. No tempo do prefeito anterior, que era o Dr. Asiel, ele me dizia haver 22 (vinte e dois) loteamentos na cidade de Alta Floresta. Hoje, com o prefeito atual, Chico Gamba, os loteamentos devem ter aumentado, talvez duplicado, a julgar pela velocidade dos loteamentos que pipocam no centro e sobretudo nas periferias de Alta Floresta. Há loteamentos, como o Buriti, que equivalem em tamanho e população a uma cidade média de Mato Grosso. Outros, como o Hamoa, loteamento fechado, é comparável aos mais sofisticados de qualquer capital.

Todavia, não conseguirão gozar da sensação de quem vê a grandiosidade assombrosa e a beleza fascinante dos motivos ou motores que geram o atual progresso de Alta Floresta

Para variar, o Loteamento Almeida Prado, em pleno centro da cidade, encheu tão rápido que tiveram que aumentá-lo do dobro do tamanho inicial. Finalmente, o Loteamento Pianovsky, todo a ser construído de quatro andares prontos, além de oferecer, como os outros, toda a infraestrutura pronta que são água, luz, esgoto e ruas asfaltadas, entrega o lote junto com o apartamento, prontos, para a família morar, enriquecidos de lojas comerciais e de campos de lazer dentro do próprio loteamento. Característica comum a todos os loteamentos: “Donde vem tanta gente, com tanto dinheiro, fazendo casas modernas em tão pouco tempo?”

Segundo motivo: Soja. Hoje, no Centro Oeste do Brasil e nos Estados da MATOPIBA (abreviação de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o progresso se mede pela soja: “Cidade que tem soja tem presente e futuro seguro enquanto cidade que não tem soja está fadada a parar ou regredir”. Alta Floresta presentemente é a cidade onde pipocam da noite para o dia mares de soja e silos gigantescos encomendados e custeados, ou pela China ou por empresários bilionários, em geral distantes, com sua produção trazida para os silos e depois levada por centenas de carretas em estradas, recentemente asfaltadas e assustadas com o movimento inédito e perigoso que de repente lhe deram. As fazendas de soja, diferentemente das fazendas de café e de boi, têm extensão cinematográfica, às vezes do tamanho quase de um município. Em Alta Floresta, por exemplo, na Fazenda Vaca Branca, viaja-se 12 (doze) quilômetros com soja dos dois lados. Fazendas antigas, abandonadas à quiçaça, hoje estão transformadas em lindos e verdes mares de soja. Hoje em dia grande parte das fazendas de boi, já foram, estão sendo ou vão ser transformadas em fazendas de soja. Por exemplo, a Fazenda Shalon, nome da antiga Fazenda Mogno, já começou a transformar seus 17.500 (dezessete mil e quinhentos) alqueires de pasto de gado em plantação de soja e milho.

Toda fazenda de soja, que geralmente é cinco ou dez vezes maior que a fazenda de gado, já tem ou tende a ter silo próprio, como no município de Alta Floresta já acontece para uma porção delas

No município de Alta Floresta, para desespero dos corretores, a fila de compradores de fazenda vindos do Rio Grande do Sul, Paraná e de outros Estados não encontra nenhuma fazenda para comprar, apesar de estar a R$ 200.000,00 (duzentos mil) o alqueire. Um amigo meu, há cinco anos, vendeu 28 alqueires por R$ 18.000,00 e hoje, para consegui-los de volta, pagou R$ 130.000,00.

Terceiro motivo: Silos. Em Alta Floresta, até há pouco tempo, mais ou menos há cinco anos, não se via nenhum silo e nem se sabia nada a respeito deles. Presentemente, da noite para o dia, como se fosse num passo de mágica, multiplicaram-se os silos, tanto os públicos quanto, em quantia bem maior, os particulares, inclusive em cidades vizinhas como Carlinda e Paranaíta. “Silo particular” é de uma fazenda só; “silo público” serve a todas as fazendas. Toda fazenda de soja, que geralmente é cinco ou dez vezes maior que a fazenda de gado, já tem ou tende a ter silo próprio, como no município de Alta Floresta já acontece para uma porção delas. Tanto o silo público, como também o particular, é propriedade de empresários é nada tem a ver com o governo, nem federal, nem estadual e nem municipal; ambos, isto é, silo particular e silo público, na época das colheitas, recebem, guardam e secam grãos de soja e milho. Além disso, como consequência, em seus pátios imensos que geralmente se tornam pequenos nas colheitas, recebem dezenas, centenas de carretas que ali estacionam e pousam, durante dias, para descarregar e carregar grãos para Miritituba e todo o Brasil. O silo público, assim como em ponto menor o particular, para guardar e secar seus grãos, dispõe, ou de impressionantes torres redondas e altas de metal como o Silo do Sierra, ou de depósitos gigantescos, como têm os dois silos da entrada do Pedágio, um redondo e o outro retangular, ambos com depósitos capazes de armazenar centenas de toneladas de grãos de soja ou de milho.

Prezada (o) Leitora (or), infelizmente aqui termina o espaço no jornal de que disponho para continuar a ter a honra e a felicidade de conversar com V. Sa. sobre o palpitante assunto de Alta Floresta como a cidade que hoje mais cresce no Brasil. Conseguimos chegar até o terceiro dos oitos motivos ou motores que me ajudam na tentativa de mostrar, a V. Sa. e aos meus leitores, Alta Floresta no topo do atual crescimento brasileiro. Os outros cinco motivos, que não tiveram espaço para serem expostos, são: 1º. – a Rota do Pacífico; 2º. – Rodovias novas e pontes sendo construídas, sobretudo a Ponte do Rio Juruena, de 1.200 metros; 3º. – Alta Floresta inteirinha toda asfaltada de novo e 5º. – as Construções de Alta Floresta.

Para se ter ideia da lacuna e do prejuízo social de eu não poder concluir este artigo com os cinco motivos restantes, eis um fato acontecido em meu gabinete, dia 22 deste mês, depois deste artigo pronto: “O Sr. Valdecir Alves Pires, Diretor local do SINE – Sistema Nacional de Emprego”, dizia-me haver naquele dia, no SINE de Alta Floresta, 400 (quatrocentas) vagas de emprego, esperando pessoas, de dentro e de fora da cidade para preenchê-las. No Brasil, hoje com 10.400,000 (dez milhões e quatrocentos mil) desempregados, Alta Floresta, cidade considerada pequena em população em âmbito nacional, merece mais uma vez estar no topo das cidades do Brasil porque, ao contrário do país, oferece 400 vagas para felicidade de seu povo e para o termômetro confirmador da cidade que mais cresce no Brasil.

Finalizando e despedindo-me, prezada (o) Leitora (or), espero que agora V. Sa. esteja em condições de tomar sua decisão por uma das três posições de que falei no início deste artigo. Felicidades e até logo!


Prof. Dr. Jose Antonio Tobias
Diretor das Faculdades de Alta Floresta

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