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Política Terça-feira, 21 de Novembro de 2023, 20:01 - A | A

21 de Novembro de 2023, 20h:01 - A | A

Política / Eleição

Projeto reserva 30% das vagas para candidaturas femininas nas eleições de 2026

O texto deverá entrar em pauta já na próxima semana pela Comissão de Direitos Humanos do Senado



(Com informações do Estadão)    

Um projeto de Lei do senador Wellington Fagundes (PL) poderá garantir, no mínimo, 8 cadeiras da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para candidaturas femininas já nas eleições de 2026. Isso porque a proposta destina 30% das vagas obrigatoriamente para candidatas mulheres no Senado e Câmara Federal, bem como nos Legislativos estaduais e nas Câmaras Municipais do país.   

O texto deverá entrar em pauta já na próxima semana pela Comissão de Direitos Humanos do Senado, já que um acordo o retirou de pauta para ajustes, conforme pedido da base do governo do presidente Lula (PT).  

Segundo a relatora do projeto, senadora Zenaide Maia (PSD-RN), o projeto poderá avançar, já que atualmente o que se tem de conquista é a obrigação dos partidos em lançar pelo menos 30% de candidatas mulheres.   

"Entendemos que as cotas de gênero na política representam avanço significativo para equilibrar a balança de representatividade feminina no cenário político nacional. Os avanços legais brasileiros voltados ao incentivo das candidaturas femininas não têm se mostrado suficientes para a construção de nova práxis associada à participação mais equitativa das mulheres no parlamento", disse ela ao Estadão.  

Apesar da relevância do projeto, a única deputada estadual de Mato Grosso, Janaina Riva (MDB), acredita que dificilmente o projeto será aprovado. "Acho difícil ser votado, por ter hoje cerca de 17% somente de mulheres no Congresso. Todas as eleições, discutimos essa possibilidade, não conseguimos até hoje avançar nisso para chegarmos aos 30% de cadeiras garantidas", disse.   Para ela, a iniciativa é válida, mas as expectativas de aprovação são baixas, já que em outros momentos, propostas semelhantes não foram aprovadas.  

"Nós temos paridade em outras instituições, como o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Mas no Congresso nunca efetivaram isso. Meu desejo com certeza e de tantas mulheres é a aprovação. Mas já não tenho as mesmas esperanças que tinha lá atrás", completa.   Quando apresentou o projeto ainda em 2021, Fagundes apontou a disparidade dentro do Congresso Nacional e a necessidade de uma reserva de vagas femininas.     

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