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Política Sexta-feira, 25 de Novembro de 2022, 09:41 - A | A

25 de Novembro de 2022, 09h:41 - A | A

Política / Censo 2022

Ritmo lento do Censo preocupa vereadores de Alta Floresta

Vereadores cobram uma atitude urgente do executivo municipal, no sentido de colaborar com o IBGE na realização dos trabalhos



José Vieira
Mato Grosso do Norte

O ritmo de trabalho do IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] com relação a coleta de dados para o Censo Demográfico 2022 em Alta Floresta, está lento. A projeção é que a população do município poderá chegar a 80 mil moradores. Entretanto, até agora o número de entrevistas está num patamar de 30 mil.

O prazo para a coleta de dados foi prorrogado para o final dezembro. Mas alguns vereadores, na sessão desta terça-feira, demonstraram preocupação com o ritmo que o Censo vem sendo realizado no município de Alta Floresta. O IBGE vem enfrentando dificuldades para realizar o serviço de coleta de dados, porque não conseguiu contratar o número adequado de recenseadores.

Acrescido a este fator, há também resistência em determinadas moradias em colaborar com o atendimento para passar as informações.

Diante desta situação, os parlamentares cobram veementes, que a prefeitura passe a dar um apoio mais efetivo para auxiliar no trabalho, pela importância que o Censo tem para o município.
O vereador Bernardo Patrício (MDB) foi incisivo em sua cobrança e exigiu que o executivo municipal tome uma atitude imediata. Porque, na sua opinião, caso isto não aconteça, o Censo não será realizado da forma que deveria no município.

Bernardo observou que empresários, através de ofício encaminhado à Câmara Municipal, questionaram a falta de interesse com a realização do Censo.
Para ele, é necessário se alertar porque é um período exíguo que resta para o Censo ser finalizado.
“Em dezembro é o término. Volto aqui chamar a atenção do executivo municipal para dar apoio a equipe do IBGE, porque senão o município será prejudicado”, disse.

“Chegou o momento que nós da prefeitura e Câmara, não basta só se colocar à disposição. É preciso fazer algo mais. Se não tomarmos providência, pegar os recenseadores, colocar dentro o caro e levar para a zona rural, não vai dar tempo. A prefeitura tem que querer fazer. Se a prefeitura não falar: vamos fazer, não vai ser feito o censo na totalidade. E aí vai demorar mais 10 anos para ter outro Censo e será um grande prejuízo para Alta Floresta”, acrescentou.

A vereadora Ilmarli Teixeira (PT) disse que os representantes do IBGE local procuraram a Câmara Municipal para cobrar do poder executivo a celebração de um Termo de Cooperação para o município ajudar na realização dos trabalhos.

Para a vereadora, a desatualização do Censo é prejudicial ao município, que recebe repasse de recursos de FPM com base em uma população de 52 mil habitantes. Porém, a população de Alta Floresta chega a 80 mil moradores. Há cerca de mais de 20 mil moradores que estão fora da estatística oficial.

“É preciso que o poder executivo se debruce sobre esta questão e encontre meios de colaborar com a realização do Censo. Alta Floresta perde mensalmente, R$ 1 milhão apenas de FPM (Fundo de Participação dos Município). Há negligência e falta de apoio. Por isso, chamo a atenção para a prefeitura fazer com o IBGE o Termo de Cooperação. A prefeitura tem como acelerar esta ação, pois quem está perdendo é o município nas áreas de Saúde e Educação, infraestrutura”, assevera Ilmarli.

O presidente do poder Legislativo, Oslen Dias (Tuti), disse que a Câmara Municipal está fazendo a parte dela. Já disponibilizou um veículo e um motoristas para ajudar o IBGE na locomoção dos servidores, assim como a prefeitura que também já colocou dois veículos a disposição.

“O que depender da Câmara e estiver no alcance, vamos atender”, assegurou.

Mas segundo ele, o poder público municipal não pode ceder funcionário para ajudar na coleta do Censo, porque só é permitido quem for registrado pelo governo federal. “O IBGE baixou uma regra de controle rigorosa. Os recenseadores são rastreados durante o trabalho e são acompanhados por rastreadores a cada rua. Mas a Câmara está fazendo sua parte”, disse.

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