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Variedades Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024, 09:19 - A | A

20 de Dezembro de 2024, 09h:19 - A | A

Variedades / tema mágico

Papai Noel existe mesmo? Saiba o que fazer

Tudo tem o seu momento e os pais devem descobrir qual é o dos seus filhos



A questão sobre a existência do Papai Noel é uma conversa delicada que muitos pais enfrentam durante a época do Natal. Para ajudar a explicar esse tema mágico, é importante considerar a idade da criança, seu nível de compreensão e a sua própria crença nas tradições natalinas. Aqui estão algumas dicas sobre como abordar esse assunto de maneira sensível e positiva.

Uma pesquisa do professor de psicologia da Universidade de Exeter, Reino Unido, Chris Boyle, apontou que por volta dos 8 anos, as crianças descobrem que o Papai Noel não existe como da forma que aprenderam a acreditar. Já mais desenvolvidas intelectualmente, elas passar a estranhar algumas coisas da lenda do Papai Noel, como o Bom Velhinho consegue descer por uma chaminé.

Psicólogos argumentam que quando começarem a surgir questionamentos, os pais devem aproveitar a oportunidade e perguntar o que as crianças pensam. Isso ajudaria a elaborar uma resposta que seja mais adequada para evitar que sejam taxados de mentirosos e acabem criando um problema uma vez que na educação afirmam que mentir não é correto e, no entanto, mentiram. Isso poderia fazer com que os filhos percam a confiança nos pais.

A professora de psicologia na Universidade do Texas em Austin, Jacqueline Woolley, vê o assunto por outra perspectiva. Necessariamente, defender a existência do Papai Noel não é uma mentira e sim uma fantasia. “Os pais estão simplesmente encorajando a participação dos filhos em uma fantasia. Ao levar as crianças para ver Frozen, ao ler os livros Harry Potter para elas, ao vesti-las para o Halloween, estamos envolvendo as crianças em mundos de fantasia”, pontua.

Para a psicóloga Letícia Rangel, “preservando a fantasia, a crença no impossível das crianças, só estaremos permitindo que elas se desenvolvam de uma forma saudável. Como sempre cito, dando a elas ferramentas para a vida. Não é deixá-las viver no mundo irreal para tudo. Isso não é saudável. Não podemos estimular um menino que acha que realmente pode voar com a capa do Super-Homem para que não se jogue da janela. Não é menosprezar sua inteligência, mas eles, no fundo, mesmo que inconscientemente, sabem discernir o que é real do que é irreal. Mas um pouco de crença em fadas, Papai Noel e Coelho da Páscoa só irá somar, só irá lhes dar brilho, alegria, leveza, capacidade de lidar com situações difíceis. Tudo é questão de equilíbrio, algo que na educação deve estar sempre.

Mas o que fazer quando os questionamentos começam a surgir? A psicóloga Marisa de Abreu Alves, argumenta que cada criança terá o seu momento para começar a duvidar. “A descoberta do que o Papai Noel não existe representa um passo importante na maturidade da criança, e descobrir por si só pode fazer parte deste amadurecimento. O papel dos pais poderia ser o de não insistir em algo que a criança já percebeu, pois ela se sentirá enganada mais tarde. Assim que ela percebeu que o Papai Noel é um amigo da família (ou o próprio pai) que vestiu uma fantasia - ou que se trata de alguém contratado para esta função - está acabado e os pais é que não deveriam ficar frustrados por acharem que os filhos deveriam ter mais um tempinho com esta fantasia”, defende.

Para ela, quando os pequenos insistem e questionam, dando indicativos de que já sabem a verdade e querem uma reposta, é a hora de conversar. “Os pais devem passar a mensagem de que papai Noel é uma figura que existe nos corações das crianças e mesmo sendo apenas uma ideia, e não uma pessoa em carne e osso, é algo muito gostoso de manter como tradição de Natal”, diz.

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