Reportagem/ Embrapa
O total das exportações dos Cafés do Brasil, no período acumulado dos oito primeiros meses deste ano em curso de 2024, especificamente de janeiro a agosto, atingiu o quantitativo equivalente a um volume físico de 31,89 milhões de sacas de 60kg. E, como o preço médio da unidade exportada foi de US$ 226,91, tais vendas permitiram ao nosso País arrecadar uma soma bastante expressiva de US$ 7,23 bilhões de receita cambial apenas nesse período.
Desse volume físico total exportado, 29,25 milhões de sacas de 60kg foram de café verde, as quais representaram 91,80% desse total vendido, sendo que 23,15 milhões de sacas foram da espécie de Coffea arabica (café arábica), volume equivalente a 72,60% do total geral exportado, e, adicionalmente, 6,10 milhões de sacas foram de Coffea canephora (café robusta+conilon), espécie que representou 19,13% do mesmo total geral vendido ao exterior.
Em complemento, também foram exportadas o total de 2,63 milhões de sacas de cafés industrializados, as quais representaram aproximadamente 8,2% do volume vendido ao exterior. Desse volume, o total equivalente a 2,60 milhões de sacas foram de café solúvel, que representaram 8,1% do total geral, e, em complemento, 28,79 mil sacas de café torrado e moído também foram exportadas, tipo de café no caso que representou menos de 1% dessas vendas dos Cafés do Brasil no período em foco.
Tendo como referência os principais números da performance das exportações dos Cafés do Brasil de 2024, no caso em pauta, apenas do período analisado dos oito primeiros meses do ano, vale a pena estabelecer uma simples comparação e análise desses dados do setor verificados com o mesmo período de 2020, para, assim, demonstrar que houve uma evolução bastante expressiva, tanto do volume físico das exportações dos cafés brasileiros, como do valor médio das sacas, e, principalmente, do total arrecadado como receita cambial nesse período dos últimos cinco anos.
Assim, verifica-se que as exportações totais de cafés das duas espécies, nos oito primeiros meses de 2020, atingiu um volume físico equivalente a 26,79 milhões de sacas de 60kg, e que, tal desempenho, na comparação com o total exportado no mesmo período deste ano, referido número denota um crescimento do volume de sacas vendidas em torno de 17%. E, com relação à comparação do preço média da saca exportada, haja vista que o valor apurado em 2020 foi de US$ 127,63, decorridos cinco anos, tal preço teve crescimento de 78% ao atingir US$ 226,91 em 2024.
Em complemento, também merece destacar nesta análise o fato de que a receita cambial de 2020 obtida no acumulado dos oito meses com as exportações dos Cafés do Brasil foi de US$ 3,41 bilhões, valor que, caso seja comparado com o mesmo período de 2024, ou seja, decorridos cinco anos, constata-se que houve um incremento muito expressivo de 112% na arrecadação obtida, considerando que neste ano em curso a receita cambial com tais exportações atingiu o valor US$ 7,23 bilhões, montante também já citado anteriormente nesta análise.
Concluindo, vale também esclarecer que os dados e números que estão sendo objeto desta análise e divulgação pelo Observatório do Café, entre vários outros do mercado internacional do café de interesse do setor, constam do Relatório mensal agosto 2024, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.
O Cecafé também faz parte do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC, do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, consoante o Decreto 10.071/19.
Leia esta ANÁLISE/DIVULGAÇÃO na íntegra na página da EMBRAPA CAFÉ e do Observatório do Café e do Consórcio Pesquisa Café.
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