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Política Quarta-feira, 05 de Junho de 2024, 14:27 - A | A

05 de Junho de 2024, 14h:27 - A | A

Política / | Vereador nega agressão à companheira

Boletim vazou por covardia, disse

O vereador Claudinei Jesus e sua companheira Simone Carol, contestam o conteúdo do Boletim de Ocorrência da Polícia Militar, afirmando que os fatos registrados não condizem com a verdade relatada



José Vieira
Mato Grosso do Norte

O vereador Claudinei de Jesus (MDB) usou a tribuna da Câmara Municipal de Alta Floresta para esclarecer os fatos envolvendo seu nome, na segunda-feira, 3, quando foi divulgado um Boletim de Ocorrência, relatando que ele tinha cometido violência doméstica contra sua companheira, a advogada Simone Carol Batista.
Na noite de segunda-feira, após a repercussão dos fatos, o casal também divulgou uma nota assinado por ambos, questionando o Boletim de Ocorrência e negando os fatos.
No pronunciamento na Tribuna, o parlamentar disse que realmente teve uma discussão “bastante pesada” com sua convivente e que ela chamou a Polícia Militar, mas depois que a Polícia chegou ela não quis mais registrar o Boletim.Mesmo assim, os policiais fizeram a Ocorrência.
“No Boletim foi registrado tudo que os militares acharam por bem registrar. Não teve a assinatura dela e nem a leitura do Boletim. E vazou na imprensa por covardia e nossos nomes ficaram expostos na imprensa, na classe política e foi muito tenso”, disse Claudinei.
Ele negou que tenha havido falta de respeito e agressão e disse que não reconhece o que está no Boletim de Ocorrência. “Vai ser feito uma representação tanto por quem deixou vazar e por quem divulgou de forma maldosa. Afetou nossas famílias e a minha situação porque este é o intuito”, pontua o vereador, conotando que o objetivo era de prejudicar sua imagem política. “Ninguém chuta cachorro morto, por isso tenho sofrido estas agressões”, observa.

De acordo com ele, sua companheira vai entrar com uma representação contra quem jogou os nomes de ambos “na lama”.
Em entrevista a TV Nativa nesta terça-feira, 4, Simone Carol afirmou que o fato não representa 5% da repercussão que houve. Ela disse que o que aconteceu foi uma discussão que ocorre com qualquer casal. E afirma que não foi agredida. Sobre a lesão que tinha no braço, diz que é verdade, mas que não foi provocada pelo vereador Claudinei. Disse que machucou em uma gaveta do seu escritório que estava mal nivelada.
“O que houve foi uma discussão. Estamos juntos há três anos e nunca nos alteramos tanto. Há trechos no Boletim que não condizem com a verdade, e o que é verdade está com exagero. Por isso, divulgamos a nota. Quando diz que eu estava sendo agredida, é mentira. Quando a mulher liga para a polícia por que está com medo, nem sempre está sempre agredida fisicamente. Eu não estava sendo ameaçada!”, assegura.
Carol também nega que o vereador fugiu do local. “Quando a polícia chegou a gente já tinha discutido. Ele falou 'eu vou embora'. Eu respondi, vai! Abri o portão e ele saiu e colocaram que ele evadiu-se do local. Não fui agredida pelo vereador no cunho físico, o que houve foi uma discussão. Nós não imaginávamos a maneira que este Boletim seria confeccionado, que não condiz com o que eu falei e eu não assinei a Ocorrência!”, reitera.
O Boletim de Ocorrência que foi divulgado na segunda-feira, em resumo, diz que a Polícia Militar foi acionada pela vítima, que estava sendo agredida, pelo vereador que havia chegado embriagado, fazendo chantagens, agressões físicas e também psicológicas.
Os policiais foram para o local e encontraram a mulher com machucados, provocados pela agressão. Na ocorrência, ela relatou que, com medo e para tentar se proteger, se trancou dentro do seu escritório. Porém, o vereador conseguiu entrar e a atacou, tentando enforcá-la, enquanto ela estava sentada em sua cadeira de trabalho. As demais pessoas que estavam na casa começaram a gritar e as agressões foram interrompidas.
Ela ficou com lesões no antebraço esquerdo. E revelou que esta não foi a primeira vez que ele tentou agredi-la fisicamente, além das frequentes agressões psicológicas.
O parlamentar não chegou a ser preso por que evadiu antes que a polícia chegasse à residência.

Leia a Nota divulgada pelo casal

foto/ reprodução

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