As eleições deste ano registraram um número maior de candidatos que se declararam analfabetos se compararmos com a disputa eleitoral anterior. É isso o que revela um levantamento feito pelo portal Brasil61.com constando que, para estas eleições, foram registradas 20 candidaturas para o cargo de vereador com pessoas declaradas como analfabetas, enquanto em 2016 esse número foi de apenas seis candidatos.
Tanto agora em 2020 quanto na eleição anterior, não houve nenhum candidato registrado como analfabeto para concorrer ao cargo de prefeito. Todas as regiões do país apresentam candidatos nestas condições, mas duas regiões concentram o maior número, sendo o Norte e o Nordeste com sete pessoas que não sabem ler e nem escrever concorrendo à uma cadeira de vereador. O Sudeste vem logo depois com três candidatos, o Centro Oeste com dois e o Sul com apenas um candidato declarado analfabeto.
De acordo com o Artigo 14, referente aos Direitos Políticos, apresentado na Constituição Federal, esses aspirantes a um cargo público são inelegíveis. Como forma de agilizar o processo, os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) exigem comprovante de escolaridade, mas se o candidato não tiver como apresentar, ele pode provar que sabe ler e escrever.
Mato Grosso - O perfil médio dos candidatos que disputam as eleições municipais deste ano em Mato Grosso continua sendo: homem, negro, casado e com ensino médio completo. A única mudança em relação ao pleito passado, 2016, é a idade; o candidato médio envelheceu 4 anos, passou de 44 para 48.
Conforme dados das candidaturas divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de todas as 12.710 candidaturas registradas, 49,63% são de pessoas que se declaram pardas ou pretas. Já os brancos representam 38,08% do total. Além disso, 0,97% se declaram indígenas e outros 0,58%, amarelos. Não há informação de raça de 0,68% dos registros.
Os candidatos são predominantemente casados (50,7%) e com ensino médio completo (35,8%). Em relação a idade a maior ocorrência é de candidatos com 48 anos (também 3,7%).
Além disso, a ocupação mais comum continua sendo a de empresário (6,9% em 2016 e 7,3% em 2020). O percentual feminino, inclusive, continua muito próximo do mínimo estabelecido em lei pela cota de candidatas mulheres que deve ser cumprida pelos partidos, de 30%.