José Vieira
Mato Grosso do Norte
O deputado estadual Dilmar Dal Bosco, em reunião da Frente Parlamentar Agropecuária de Mato Grosso na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira, 21, abordou a preocupação de todo o setor produtivo sobre uma ação que tramita na justiça, tratando da proibição do uso do Glifosato. E observa que caso isto se efetive, resultará em grande transtorno para o setor produtivo, não apenas em Mato Grosso, mas em todo o Brasil.
Ele afirma que a Frente Parlamentar de Mato Grosso está alertando as demais entidades que representa o setor, para o tamanho do mal que esta ação poderá causar, implicando em dificuldades e interferindo na produtividade do Estado.
O deputado afirma que o glifosato desempenha um papel crucial na produção de Mato Grosso. Sua eficiência no controle de ervas daninhas permite que o cultivo de grandes áreas com menos esforço e custos, o que é, conforme ele, essencial em um estado onde a “produtividade é a chave para a competitividade”.
De acordo com ele, a utilização do glifosato não apenas aumenta a rentabilidade das lavouras, mas também contribui para práticas de manejo sustentável, uma vez que facilita a adoção de sistemas de plantio direto. Seu uso foi liberado após anos de pesquisas e não há outra ferramenta ou produto que possa substitui-lo.
“Não tem nenhuma pesquisa que possa invalidar a sua utilização. Então, eu vejo um problema. Tudo que é utilizado na Agricultura é com o apoio da Anvisa e do Ministério da Agricultura. Isto tem que ser pensado, pois somos um estado que alimenta o mundo e ajuda o PIB - Produto Interno Bruto Brasileiro. Nossos produtores usam tecnologia avançada, investiram muito em pesquisa que validaram sua utilização. Temos que focar nesta questão e achar um meio termo”, aponta Dilmar.
Fethab - Outra pauta abordada na reunião pelo deputado é a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou a partir do final deste ano, a eliminação a contribuição do Fundo Estadual de Transporte e Habitação - Fethab diesel - que se transformará em ICMS.
“Não muda para o setor produtivo que contribuirão da mesma maneira. O problema é a distribuição aos municípios, que terão perda de arrecadação. Aprovamos em 2022, que um percentual do dinheiro arrecadado com o Fethab diesel, iria para a Agricultura Familiar e para o Indea. E caindo, vai diminuir a arrecadação do Indea. E isto é uma preocupação nossa, porque o Indea está em todos os municípios mato-grossense”, enfatiza.
