Quarta-feira, 15 de Janeiro de 2025

Política Sábado, 11 de Abril de 2020, 00:00 - A | A

11 de Abril de 2020, 00h:00 - A | A

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Família de fazendeiro diz que deputado mente e divulga nota



A defesa da família do agropecuarista Marcello Bassan afirma que o deputado Valdir Barranco (PT) mente quando diz que a Polícia Militar ameaça sem-terra que estão na fazenda Araúna, no município de Novo Mundo. Pontua que o parlamentar usa os acampados a fim de angariar votos e que a área foi adquirida por Bassan há mais de 30 anos e não é grilada, conforme declara o petista. 

leia a nota

O espólio do Dr. Marcello Bassan, médico, agropecuarista, falecido em São José do Rio Preto, vêm a público, desmentir as afirmações feitas pelo Deputado Valdir Barranco, em matéria publicada neste renomado site, nos seguintes termos:1) A família Bassan, que trabalha no cultivo da terra há várias gerações, através do seu patriarca, adquiriu há mais de 30 anos, a fazenda Araúna, que está localizada no município de Novo Mundo, onde através das competentes autorizações ambientais, implementou pastagens, construiu casas e demais benfeitorias para exploração pecuária, empregando diversas famílias, gerando renda e trabalho honesto.


2) A Fazenda Araúna, está localizada na Amazônia Legal, em área de preservação ambiental (zona de amortecimento do Parque Cristalino, que foi criado após as pastagens), a Sema já emitiu parecer técnico que proíbe a criação de assentamento na referida fazenda, ou seja, é crime ambiental criar assentamento em área de proteção ambiental.


3) Após o falecimento do Dr. Marcello Bassan, a fazenda começou a ser atacado por um grupo de pessoas ligadas à Pastoral da Terra, que é ligada ao PT, partido do deputado Barranco. Foram várias invasões, com roubo de gado, roubo de madeira, ameaças à família Bassan e aos trabalhadores, inclusive com sequestro e cárcere privado do gerente da fazenda, fatos estes que motivaram a interposição de ação possessória em face dos invasores. Tal ação resultou inclusive na identificação até de invasor “por procuração de terceiros”, fato que inclusive surpreendeu a juíza à época responsável pela ação. Os demais invasores identificados foram excluídos do programa de reforma agrária, conforme definido na lei.


4) A Polícia Militar está ao lado do cidadão de bem e tem como obrigação institucional combater a criminalidade, por isso sempre que demandada, se faz presente na fazenda para coibir o roubo de gado, o roubo de madeira e as ameaças, inclusive já tendo apreendido diversas armas em posse dos invasores.  5) A área é protegida por liminares de reintegração de posse deferidas pela Vara de Feitos Agrários, já foram cumpridas 3 reintegrações de posse, mesmo assim, os invasores, aproveitando-se da pandemia do coronavírus, invadiram a fazenda novamente no dia 27/03/2020. Já foi requerida ao Juiz Federal da Vara de Sinop, a renovação da liminar de reintegração de posse, sendo que o processo foi remetido ao Juiz da Vara de Feitos Agrários, cujo despacho ainda não fora proferido em função da pandemia do coronavírus.


6) Os invasores já cortaram a água das casas da fazenda, onde os funcionários estão ilhados, cortaram também a água que atende o gado em alguns piquetes e não permitem a entrada dos proprietários ou de outros funcionários, estão armados e já começaram a matar o gado, é um absurdo, será que é por estes motivos que o deputado não quer permitir que a policia vá até a área?


7)   O Incra, na qualidade de órgão executor da política agraria nacional, expressamente já declarou que não pode fazer assentamento na referida área, em função das restrições ambientais.


Assim, é falsa a afirmação do deputado Barranco, que a fazenda Araúna teria sido “grilada” bem como são falsas as afirmações de que o falecido Marcello Bassan teria “acionado os militares para agirem contra os sem-terra”, e que estes foram ao local para “constranger, aterrorizar os trabalhadores rurais sem terra”.


Na verdade, quem está sendo aterrorizada, roubada e ameaçada é a família Bassan, conforme fazem prova os inúmeros boletins de ocorrência lavrados.


Inclusive, ontem (6 de março) os “trabalhadores rurais sem terra”, roubaram e mataram mais um boi da família Bassan, conforme faz prova as fotos e B.O. lavrado.


São igualmente falsas as afirmações de que o espólio do Marcello Bassan só “desmata e põe fogo”, a fazenda sempre foi protegida e nunca sofreu nenhuma autuação ambiental, até as invasões, que são incentivadas e patrocinadas por pessoas que só buscam o ganho fácil, tentando se aproveitar do trabalho alheio em desrespeito às leis.


Claro que vamos tomar as medidas judiciais cíveis e criminais cabíveis, contra o deputado Valdir Barranco, pois entendemos que ele está tentando, neste momento de pandemia, impedir a Polícia Militar de exercer o seu múnus público, e, desta forma, está colaborando para criar mais violência no campo incitando pessoas pobres a largarem seus trabalhos para dedicarem-se ao ofício de invadir terras de particulares.


Claro que o deputado Valdir Barranco sabe que na referida fazenda Araúna, está proibida a criação de assentamentos, mesmo assim, ele continua a iludir a população para auferir seus ganhos políticos.


Importa salientar que a sentença da Justiça Federal de Sinop não é definitiva, pois está pendente a análise do recurso de apelação interposto, sendo que a desembargadora competente deferiu liminar para que todas as benfeitorias da fazenda sejam avaliadas, pois a área possui documento.


Ademais, mesmo que a área seja declarada como terras da União, isso não a transforma em terras do deputado, ou dos seus amigos/eleitores, neste caso, o Incra definirá a destinação da área, se ela será destinada para regularização fundiária ou para criação de Parque Ambiental.


Nós respeitamos as leis e acreditamos que o Estado não pode se furtar a manter a paz e a ordem, acreditamos que a solução dos conflitos se dá através da Justiça e repudiamos os atos violentos patrocinados por pessoas que não se preocupam com o bem comum.


Atenciosamente 
Espólio do Marcello Bassan

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