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Política Quarta-feira, 09 de Dezembro de 2020, 00:00 - A | A

09 de Dezembro de 2020, 00h:00 - A | A

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OPERA



WELLINGTON SABINO
DO FOLHAMAX

Na decisão contra os investigados na “Operação Chapéu de Palha”, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira (9), o Ministério Público Federal (MPF) apontou a existência de uma organização criminosa voltada para fraudes em licitações, corrupção ativa, passiva, peculato e lavagem de dinheiro no âmbito dos municípios de Alto Taquari, Juscimeira, Jaciara, Itiquira, Dom Aquino, e São Padro da Cipa, todos de Mato Grosso.

A Construtora Pirâmide, do empresário Paulo Rocha dos Santos, é a principal investigada, sob suspeita de receber e pagar propina para servidores públicos.

A PF afirma haver fortes indícios de que a construtora é uma “empresa de fachada”. Dentre as diversas transações suspeitas estão R$ 50 mil repassados pelo deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) em 1º de fevereiro de 2018 para Antônio César Fonseca, servidor público na cidade de Itiquira, que por sua vez sacou R$ 38,6 mil em dinheiro vivo e transferiu R$ 9,9 mil para o Auto Posto Fernando Corrêa da Costa Ltda.

Antônio Fonseca é um dos investigados que teve sigilo bancário quebrado pela Justiça confirmando uma série de transações financeiras apontadas como ilícitas.

Foram examinados ainda dados de quebra do sigilo bancário de Paulo Rocha dos Santos e Construtora Pirâmide (Paulo Rocha dos Santos ME) entre janeiro de 2013 e julho de 2018,  nos quais foram detectadas 48 transações bancárias suspeitas com valor aproximado de R$ 2 milhões e seis transferências bancárias no importe aproximado de R$ 1 milhão.

Conforme as investigações, a Construtora Pirâmide (Paulo Rocha dos Santos Eireli) em conluio com pelo menos mais duas empresas (Ivaldo Rocha de Freitas &CIA Ltda  e UP Projetos Construções Ltda)  fraudaram licitações em municípios do sul de Mato Grosso. Para isso, as empresas se revezam para vencer as licitações e distribuírem vantagens indevidas a agentes e servidores públicos.

Segundo as investigações autorizadas pelo desembargador federal Olindo Menezes, do Tribunal Regional Federal (TRF-1), as vantagens indevidas são distribuídas para todos os níveis de servidores públicos, desde o que detém poder decisório acerca do destino da verba pública a ser aplicada, passando pelo responsável pela condução do processo licitatório até o fiscal da obra executada.

O magistrado negou o pedido de prisão temporária representado pela Polícia Federal autorizando somente buscas e apreensões de documentos, mídias digitais, celulares e outros aparelhos que possam armazenar dados e também dinheiro se forem encontradas quantias acima de R$ 10 mil.

A Polícia Federal cita como "transação suspeita envolvendo Antônio Cézar o recebimento de R$ 50 mil do deputado estadual Dilmar Dal Bosco, investigado em outros procedimentos criminais e citado na colaboração premiada do ex-governador Silval Barbosa".

Os investigadores constataram que após recebimento da quantia, Antônio Cézar fez 2 saques em dinheiro – R$ 3 mil e R$ 35,6 mil – e uma transferência para Auto Posto Fernando Corrêa da Costa Ltda, no valor de R$ 9,9 mil.

Segundo a PF, há indícios de que Antônio Cézar emprestaria sua conta bancária para recebimento de valores ilícitos em beneficio da família Bortolini, do deputado estadual Ondanir Bortolini, o Nininho (PSD) e de Humberto Bortolini, Betão (PSD), prefeito de Itiquira. Ambos também foram alvos de mandados de busca e apreensão.

Contratos milionários

Segundo as investigações, dentre as transações de R$ 800 mil recebidas por Paulo Rocha da JV Construtora Ltda, que tem contratos com prefeituras no importe de mais de R$ 5 milhões. Paulo Rocha também recebeu R$ 124,8 mil da Machado Carvalho Construção, que tem contratos com o município de Barra do Garças no valor de R$ 14 milhões.

Ainda, a empresa SOS Construserviços Ltda repassou R$ 62 mil e o Posto Cidadee repassou R$ 50 mil a Paulo Rocha sem justificativas aparentes, pois a Construtora Rocha tem sede em um pequeno imóvel, na maior parte do tempo fechado, com poucos funcionários registrados, com características de empresa de “fachada”.

Com relação aos valores repassados por Paulo Rocha, a suspeita é que as movimentações bancárias, quando analisadas individualmente, reforçam os indícios de pagamento propina, confirmando a prática de corrupção ativa e passiva e ainda o conluio para frustrar o caráter competitivo de licitações. Em nota, a Polícia Federal informou que a Operação "Chapéu de Palha" investiga fraudes à licitação e pagamento de propina a agentes públicos.

Explicou que os 39 mandados de busca e apreensão são cumpridos nos seguintes municípios de Mato Grosso: Rondonópolis, Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Alto Taquari, Itiquira, Juscimeira, Jaciara, São Pedro da Cipa, Dom Aquino e Alta Floresta. Ainda, foi expedido um mandado para ser cumprido na cidade de Votuporanga (SP).

Citados

 Aldair Costa Lima 

 Amaiuldo Ticianel

 Antônio César Fonsceca (Servidor em Itiquira)

 Ana Maria de Moraes e Souza (Mãe de Marco Souza)

 Amarildo Ticianel

 Amarildo Carvalho

 Ana Maria Ivaldo Rocha de Freitas

 Carlos EDL Ardo Alves Queiroz

 Cassio Walnero Crepaldi

 Célio Gaetano dos Santos

 Cleonice Fátima Rabaiolo

 Daiane Abreu Souto Ferreira

 Dilmar Dal Bosco (Deputado Estadual)

 Edinice Moreira dos Santos Souza

 Edjaime Ferreira da Silva

 Eduardo José da Silva de Abreu

 Elgimar Rodrigues de Souza

 Elinaldo da Silva Nogueira

 

Euds Eucly Medeiros de Oliveira

 

Euzebio OLV Medeiros de Oliveira

 

Fabiana Kelcia de Castro Jorge

 

Fernando Hokazono da Cunha

 

Flávia Rodrigues da Silva

 

Franciele Dalla Vale

 

Gleike Aparecido Ferreira de Carvalho

 

João Marques Fontes

 

Josair Jeremias Lopes (Ex-prefeito de Dom Aquino)

 

Julio Pedro Pereira Costa Junior (Gerente do dep. de Água e Esgoto de Juscimeira)

 

Karen Bianca Garcia Frutas

 

Klaus Cesar Souza 

 

Lindberg Rodricues dos Santos

 

Loreci ines Colle (Mãe de Valdecir)

 

Lucimarzio Alves de Souza – ME

 

Luzildes Alves

 

Manoel Antônio de Oliveira Rosin 

 

Marcia Helane Pereira de Souza

 

Marco Antônio de Oliveira Rosin (Vice-prefeito de Alto Taquari-MT)

 

Marco Antônio Sarkis Samaro

 

Maria Cristina Verniano Ticianel

 

Maria do Socorro Lima de Medeiros

 

Maria Juscelia Diogo de Oliveira

 

Mariele Carvalho de Araújo

 

Marinho de oliveira & CIA LTD

 

Mauro Antonio Koelln 

 

Mauro Luiz Salve (Deputado Estadual)

 

Multieventos

 

Odeci Terzinia Crepaldi

 

Odineide Pereira de Jesus

 

Ondanir Bortalini (Deputado estadual)

 

Humberto Bortolini (Prefeito de Itiquira)

 

Uashigton Paim Neto de Assunção

 

Júlio Pedro pereira Costa Júnior

 

Leomar Pereira Mendes

 

Lourival Zanelato da Silva

 

Manoel Antônio de Oliveira Rosin

 

Ozeas dos Santos 

 

Francielle Dalla Valle

 

Maria Juscélia 

 

Diogo de Oliveira

 

Savi e Tiago Rodrigo Zenker

 

Agda Borges Ramos

 

Marco Antônio Souza Fonseca  (Engenheiro da Pirâmide e ex-servidor da Sinfra)

 

Paulo Rocha dos Santos (Responsável pela Construtora Pirâmide)

 

Ivaldo Rocha Freitas (Proprietário da Construtuora Rocha)

 

Uashington Paim Neto de Assunção (Responsável pela UP Projetos e Construções)

 

Cássio Walnero Crepladi

 

Celso Caetano dos Santos

 

Edjaime Ferreira da Silva

 

Jijlio Pedro Pereira Costa Júnior

 

Zanelato da Silva

 

Paulo Eduardo Macedo

 

Sidinei José Wagner

 

Tiago Rodrigues Zenker

 

Vanina Macedo Moura Fernandes

 

Paulo Rocha dos Santos (Proprietário e administrador da Construtora Pirâmide)

 

JC Multieventos

 

Adriano Rosa Garcia 

 

Adriana Rosa Garcia de Souza e Gongaçalo de Souza e Cia LTDA

 

Ozeas Marinho de Oliveira

 

Paulo Eduardo Macedo

 

Reinaldo Rodrigues do Nascimento

 

Renato Rodrigues de Lima

 

Romualdo Aloísio Boraczvnski Junior 

 

Ronival Soares Santos

 

Selma da Silva Neto

 

Sérgio Lopes de Carvalho

 

Thierry Aparecido Bernardes Bortolini

 

Tiago Rodrigues Farias

 

Tiago Rodrigues Farias (JV Construtora LTDA)

 

UP Projetos

 

Vanderlei Silva dos Santos

 

Zelita Viana Gomes Simba

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