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Política Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 00:00 - A | A

26 de Agosto de 2020, 00h:00 - A | A

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Pandemia :Mesmo já tendo recebido mais de R$ 10 mi, prefeitura de AF não compra kit covid



Reportagem
Mato Grosso do Norte

Apesar de já ter recebido mais de R$ 10 milhões de recursos de livre investimento na pandemia de covid-19, a prefeitura de Alta Floresta é uma das poucas da região que não comprou remédios [kit covid] para fornecer os medicamentos usados no protocolo médico para o tratamento de covid-19. 
O volume de recurso cresceu no município em função dos repasses extras feitos pelo governo federal, mas nas unidades básicas de saúde e na Farmácia Base do município está faltando todos os medicamentos que deveriam ser repassados para as pessoas portadores de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Entretanto, conforme afirmaram vereadores do PDT na sessão desta terça-feira, não há medicamentos nenhum nas unidades de Saúde.
Conforme a vereadora Elisa Gomes, apesar de a prefeitura ter recebido tanto milhões, os pacientes com os sintomas de covid-19, saem do Centro que atende as síndromes gripais, apenas com uma receita. 
“Faltam todos os remédios. As pessoas saem com as receitas e tem que comprar os remédios indicados para o covid-19, que custam em torno de R$ 700,00. Nas prefeituras de Carlinda e Paranaíta, os pacientes recebem o kit covid”, disse Elisa.
Segundo a vereadora, além dos mais de R$ 10 milhões de recursos recebidos do governo federal de livre investimento, Alta Floresta também foi contemplada com emenda para a saúde. 
Conforme ela, nem os medicamentos que o governo envia para o município, a prefeitura não repassa aos pacientes que necessitam. “Tem enfermeira que está comprando soro para pacientes que não tem recurso, com dinheiro do próprio bolso”, disse.

Paciente com os sintomas de covid-19 são obrigados a comprar os remédios que custam em torno de R$ 700,00

A pedetista afirma que apesar de ter o dinheiro disponível para a compra de remédios desde o início do período pandêmico, somente agora o prefeito e o secretário de saúde resolveram fazer uma licitação para comprar os medicamentos. 
Porém, o processo de compra está no jurídico da prefeitura e deve demorar 30 dias para ter um parecer.
O vereador Dida Pires também abordou a falta de medicamento nas unidades de saúde do município, em pronunciamento na tribuna. Para ele, a prefeitura não faz a compra de medicamento, porque as pessoas querem tirar vantagens financeiras na aquisição dos remédios.
O presidente da Câmara Municipal, Emerson Machado (MDB), apesar das dificuldades que as pessoas infectadas na pandemia vêm enfrentando para comprar os remédios, por serem de custo alto, defendeu o secretário de Saúde do município, Marcelo Costa.
Segundo Emerson, o secretário de saúde lhe disse que se comprar o medicamento para repassar aos pacientes de covid-19, corre o risco de ser preso, devido ao fato do valor do mesmo estar alto no mercado. 
O orgumento do vereador foi contestado até por outro vereador da própria base do prefeito na Câmara.
 Dr. Charles Miranda, que afirmou que faltou planejamento por parte da administração municipal, para a compra dos remédios não ter sido feita.

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