José Vieira
Mato Grosso do Norte
O vereador Luciano Silva (PL) foi o único candidato que se elegeu entre os que apoiavam Oliveira Dias (PL) na disputa pela prefeitura com o atual gestor, na eleição municipal de 6 de outubro em Alta Floresta.
Ele foi reeleito para o segundo mandato com 610 votos, mas disse que enfrentou resistência na campanha, por ser oposição a gestão municipal e pelo fato de o atual prefeito estar com a aceitação em alta.
Porém, assegura que se manterá na oposição no próximo mandato. “Não vim para a Câmara Municipal para ser amigo do prefeito. Vim para exercer o meu mandato. E nas ações do Executivo que não estiverem de acordo com os interesses da população, eu vou ser contra. Não importa se vou perder ou ganhar votos. Sempre agi da forma como acho correto”, disse.
O vereador diz que não tem perfil de fazer “barraco”, mas irá dosar sua atuação diante dos temas expostos, conforme o teor necessário para defender os interesses da população.
“Vou cobrar com firmeza quando for necessário e concordar com os projetos do executivo quando for bom para a população”, observa.
Luciano afirma que se comprometeu com seus eleitores que só seria candidato para uma única reeleição. “Não pretendo ser candidato a vereador novamente. Não tenho que pensar agora em quantidade de votos, mas pensar em trabalhar pelo povo. Não importa se o prefeito irá gostar ou não de minhas ações, mas vou trabalhar conforme o que sempre defendi”, enfatiza.
Para o parlamentar, o fato de ter apenas dois candidatos na disputa pela prefeitura de Alta Floresta, limitando as opções de votos da população, influenciou para o prefeito ter sido reeleito com uma margem acima de 80%.
Na avaliação do parlamentar, somando todos os índices, há um percentual de mais de 30% da população que não aprova a atual gestão.
“São 42 mil eleitores, menos de 24 mil votaram nele e 18 mil não votaram”, sintetiza.
“Se a gente for analisar, tem 17% da população que votou no outro candidato, que não está satisfeito com a gestão. E ainda tiveram as pessoas que não foram votar e os que votaram nulo, cancelando o voto e em branco. Somando todos estes índices, passou de 30% da população que não concorda com o que está aí”, aponta.
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