Assessoria
O juiz da Vara Única de Querência Thalles Nóbrega acatou a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e tornou réu o vereador Neiriberto Martins da Silva Erthal (PSC) por tentar atirar contra o parlamentar Edmar Lúcio Batista (PDT) durante uma sessão da Câmara.
A decisão do magistrado foi proferida na segunda-feira (25). No documento, que acabou a denúncia do MP, o juiz negou o pedido feito pela defesa de Neiriberto, que propôs a revogação da prisão preventiva e a conversão para prisão domiciliar sob a alegação de que o vereador é responsável por um menor de 6 anos.
Em sua decisão, o juiz aponta que os mesmos fatos levantados inicialmente que ensejaram a decretação da prisão do vereador ainda se mantém. Dessa forma, não haveria qualquer motivo novo que pudesse possibilitar a verificação da conversão da prisão.
Até mesm o argumento levantando pela defesa de que o vereador seria responsável por uma criança não foi descartado. Isso porque, conforme detalhado pelo juiz, os advogados só apresentaram a certidão de nascimento do menor, não apontando que seria imprescindível ao menor a presença do pai.
Neiriberto, que é sargento da Polícia Militar e também professor, sacou uma arma de fogo contra o colega enquanto os vereadores discutiam sobre o aumento de mais duas cadeiras no Legislativo da cidade, que hoje conta com 9 vereadores.
Em dado momento do debate, os ânimos se exaltaram e o vereador acabou partindo para cima do colega. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em que Neiriberto parte para violência.
“O trabalho aqui é feito e é organizado. Vossa excelência, seja homem e assuma que recebeu a ligação”, diz o político antes de levantar da cadeira e ir em direção a Edmar. Eles discutem e, segundo ocorrência policial, Neriberto dá um soco no colega, que cai no chão e, depois, revida.