José Vieira/ Mato Grosso do Norte
A sessão da Câmara Municipal de Alta Floresta que estava sendo realizada nesta terça-feira, 8, teve que ser interrompida devido a manifestação de um grupo de moradores, que cobravam providências para a falta de água na cidade. Alta Floresta passa por severo racionamento de água desde o mês de setembro.
E em alguns setores da cidade, a água demora ainda mais a chegar nas torneiras dos consumidores, mesmo com cronograma, com o calendário de abastecimento, estabelecido pela empresa Águas Alta Floresta. Enquanto os vereadores usavam a tribuna para fazer seus pronunciamentos, a manifestação começou, com uma mulher interrompendo a fala dos vereadores, dizendo que queria água. E} foi seguida por outras pessoas que estavam presentes.
“Nós queremos água para beber, para tomar banho e fazer comida”, gritava ela, enquanto outras pessoas formaram um coro e repetiam a mesma cobrança: “água!”. Não adiantou o presidente da Câmara Municipal, vereador Oslen Dias (Tuti), pedir silêncio.
“Minha senhora, minha senhora... A senhora não pode se manifestar no plenário”, disse o presidente. “Quem falou que não pode!”, retrucou a mulher. “É regimento”, respondeu o presidente. Porém a gritaria continuava e os manifestantes exaltados repetiam: “nós queremos água. Cadê o prefeito! Vocês são tudo incompetentes, tem que tomar vergonha na cara! Água!”. Como não houve obediência e os gritos continuaram, o presidente suspendeu a sessão.
A Águas Alta Floresta, que tem a concessão do serviço de abastecimento de água no município, justificou que a distribuição de água está de acordo com o cronograma já estabelecido no início do racionamento. Porém, com as quedas de energia elétrica que tem acorrido com frequência, houve interferência no abastecimento que depende de energia elétrica.
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