Quarta-feira, 16 de Outubro de 2024

Atualidades Sexta-feira, 11 de Outubro de 2024, 08:19 - A | A

11 de Outubro de 2024, 08h:19 - A | A

Atualidades / Racionamento de água

População continua sem água; na maioria dos bairros produto falta há 7 dias

Mesmo com protestos e promessas de implementação de medidas emergênciais, está faltando água na maioria das residências



José Vieira
Mato Grosso do Norte

A população de Alta Floresta está revoltada e indignada diante do cronograma de racionamento de água, anunciado pela concessionária, que não está sendo cumprido. Na maioria dos bairros há 7 dias não chega uma gota de água nas torneiras das residências. Situação de desespero para as famílias.

Nesta semana, os moradores começaram a realizar protestos reclamando da falta de água e cobrando providências das autoridades municipais e da empresa que tem a concessão do serviço [Águas Alta Floresta] na cidade.

Com a estiagem prolongada e causticante, os reservatórios que abastecem a cidade, secaram. De acordo com um boletim publicado pela concessionária em setembro, o nível do Rio Taxidermista baixou 102 centímetros em um mês, atingindo 28 centímetros.

No entanto, o que revolta a população é que o calendário de abastecimento não é cumprido e em grande parta das residências, a água não está chegando.

O novo cronograma publicado pela concessionária também não é cumprido. Em determinados pontos de Alta Floresta, há uma semana não chega água nas residências. E quando chega água, os moradores reclamam que a coloração é similar a lama e imprópria para o consumo.

Com os protestos dos moradores nesta semana, realizados na terça e quarta-feira na Câmara Municipal, houve promessa de uma solução imediata, mas até agora, o quadro segue sem alteração.

Manifestações - Na quarta-feira, além dos vereadores, estavam presentes na Câmara Municipal de Alta Floresta, a promotora de Justiça Dra. Fernanda Alberton, o prefeito Municipal e o diretor de abastecimento da Águas Alta Floresta, Cristian Martarello. O Plenário do Poder Legislativo estava lotado pelos moradores que aguardavam o anúncio de propostas para o problema.

Segundo a promotora, Fernanda Alberton, o Ministério Público está acompanhando a questão. E algumas medidas já foram implementas para tentar evitar que ocorra um desabastecimento na cidade.

Ela disse que a principal reclamação da população é que o cronograma de abastecimento não está sendo cumprido. Desta forma, a promotora afirmou que pediu que a empresa neste novo cronograma, os horários de abastecimento sejam disponibilizados fde orma correta e a água possa chegar no dia e na hora estabelecida. “Está sendo feito um trabalho árduo para tentar fazer com que as pessoas não fiquem sem água”, disse a promotora.

Segundo ela, está sendo feita a abertura de represa para abastecer o reservatório, assim como caminhões pipa da prefeitura está buscando água em outros locais e depositando na represa de captação.

“Quando a gente viu que as previsões de chuva estavam longe e o reservatório da captação principal estava baixo, houveram reuniões que participavam o município, Águas, Ager, Sema e Comitê de bacia hidrográfica para discutir o que pode ser feito”, disse a promotora.

No entanto, a promotora observa que depois que o racionamento foi anunciado, o consumo de água, praticamente, não baixou. O consumo era de 11 mil metros cúbicos diários e caiu para 9 mil. Uma economia, conforme ela, que não surtiu efeito.

“Está se tomando várias medidas para se evitar o desabastecimento, mas ainda há risco. As represas estão secando”, alerta, indicando que a população deve usar o produto de forma consciente.

A concessionária, segundo ela, tem ainda um prazo de 30 dias para apresentar um estudo de ações para soluções imediata e para evitar que o problema se repita nos próximos anos. Caso não apresente, poderá ser ajuizada uma ação em desfavor da empresa

Audiência - No período da tarde, foi realizada uma audiência pública na sede das Promotorias, com Ministério Público, Poder Executivo, Legislativo, AGER, Comitê de Bacias, SEMA e Águas Alta Floresta, com a mesma pauta: discutir o racionamento e apontar as soluções emergências e preventivas.

A Águas Alta Floresta informou que comprou de tubulações para fazer a ligação de água de uma represa localizada a cerca de 2 quilômetros da estação de captação, para enviar água para a estação de tratamento. A previsão é que os tubos cheguem nesta sexta-feira, 11.

Com relação a proposta apresentada na audiência para se abastecer a cidade com captação no rio Teles Pires, seriam necessário investimento de R$ 40 milhões. No entanto, há estudos que indicam contaminação na água do rio por mercúrio usado em garimpos, e a qualidade da água não é indicada para o consumo humano, podendo causar danos à saúde da população.

 

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