Quarta-feira, 16 de Outubro de 2024

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16 de Outubro de 2024, 08h:26 - A | A

Atualidades / conservação de fauna

Projeto Alta Floresta não atropela começa a ser implantado

6 pontes de dossel serão implantadas dentro do perímetro urbano para evitar atropelamentos de 8 espécies raras de macacos



Ilson Machado
Mato Grosso do Norte

O Reconecta de acordo com sua idealizadora, a bióloga Fernanda Abra, é um projeto de conservação de fauna, que faz parte da pesquisa de sua pós doutorado no Estados Unidos, com Institution Smithsonian, um dos maiores complexos de pesquisa do mundo. Através desse trabalho de desenvolvimento de pontes de dossel para primata, Fernanda recebeu prêmios internacionais.

Conforme ela, sua atenção agora está voltada para os fragmentos de floresta existentes no norte mato-grossense, especificamente, Alta Floresta. O município, por meio de uma parceria com a Fundação Ecológica Cristalino (FEC), o Instituto Ecótono, a Universidade do Estado de Mato Grosso, ICMBio, IBAMA e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, está recebendo a implantação do projeto Reconecta. 6 pontes de dossel serão implantadas dentro do perímetro urbano para evitar atropelamentos de 8 espécies raras de macacos.

Em entrevista ao jornal Mato Grosso do Norte, nesta segunda-feira, 14, durante o lançamento do projeto nas dependências do Teatro Agostinho Bizinoto, a bióloga disse que o programa iniciou em Alta Floresta, a fase de execução, com o programa “Alta Floresta Não Atropela”.

Durante o evento, Fernanda falou sobre a dinâmica do Programa. “As ações consistem em integrar os fragmentos florestais para que os animais não fiquem isolados e assim comprometendo a genética de cada espécie. Nosso objetivo também é de reduzir a morte direta por atropelamento. Desta forma, procuramos aumentar a conservação da fauna e a segurança viária”, explica Fernanda.

Para isso, de acordo com ela, vão ser implantadas placas de sinalização, redutores de velocidade, passagens terrestres e desassoreamento de bueiros, que poderão ser adaptadas para passagens de animais terrestres.

No caso das pontes de dossel, o objetivo é proteger oito espécies de primatas existentes, sendo algumas criticamente ameaçadas, como o zogue-zogue-de-alta-floresta, descrito recentemente pela ciência e considerado um dos primatas mais ameaçados do planeta. Cerca de 40% das espécies de primatas do Brasil estão ameaçadas de extinção, mas em Alta Floresta a média chega a quase 70%”, destaca a bióloga.

Ela faz questão de acompanhar de perto a construção das pontes e observa que Alta Floresta será a primeira cidade localizada na Amazônia brasileira, a receber um Plano Urbano de Mitigação para redução de atropelamentos de animais silvestres, além de integrar os fragmentos florestais da cidade.

Conforme Fernanda, o programa derivado do projeto intitulado “Alta Floresta não Atropela” criado em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente, é inédito em toda a Amazônia.

O trabalho no município começou no ano passado quando a bióloga veio à Alta Floresta, e junto com os outros órgãos que participam do programa, fizeram a identificação das áreas críticas, onde constantemente ocorrem atropelamentos de animais silvestres.

Então foi elaborado o Plano de Mitigação e realizada vistoria da rede elétrica com a Energisa.

Durante está semana, de forma simultânea com as confecções das pontes, serão realizadas interações com alunos de escolas de Alta Floresta, com palestras ilustradas por vídeos que mostram a realidade da fauna brasileira e a importância de projeto como o Reconecta.

 

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