Aylon Arruda é Vice-prefeito de Rondonópolis e empresário do setor produtivo
As eleições desse domingo, 2, resultaram na eleição de metade da bancada de deputados federais por Mato Grosso e somente metade foi reeleito. Se por um lado a renovação é algo esperado na política e até saudável para a democracia, por outro lado nenhum dos 8 parlamentares representa o maior setor econômico de Mato Grosso: o agronegócio. Quero deixar claro aqui que não estou criticando nenhum dos eleitos e aproveito para parabenizar a todos pela votação, mas algumas considerações devem ser feitas.
Por alguns anos o agro de Mato Grosso teve representantes muito qualificados no Congresso Nacional. Lá atrás isso começou com Jonas Pinheiro quando foi senador e através dele, Blairo Maggi estreou na política como suplente. Depois tivemos o trabalho brilhante do Homero Pereira, que representou o agro em sua grandeza.
Logo e seguida Nilson Leitão emplacou três mandatos como deputado federal e foi presidente da Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), sendo muito atuante. Por último, Neri Geller foi muito atuante e levou sua experiência como ex-ministro da Agricultura para engrandecer Congresso, chegou a ocupar a Vice-Presidência da Frente Parlamentar da Agricultura.
É fundamental destacar o protagonismo do agro de Mato Grosso que carga uma parcela impactante para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil
É fundamental destacar o protagonismo do agro de Mato Grosso que carga uma parcela impactante para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Isso é representado pelos dados: MT é o 1º do país em produção e detém mais de 17% da produção agrícola nacional. Graças a essa força, é o agro o responsável por MT contar com 35 dos 100 municípios mais ricos do país.
A representação do agro na bancada foi e é fundamental para esses dados positivos e não falo só de Mato Grosso. Temos temas muito importantes para o agronegócio com relação a toda a sociedade, entre eles a Reforma Tributária que precisa ser olhada pelo setor. Mas sem uma voz ativa de quem conhece por dentro o agro, isso não será possível. Pelo menos da forma como já conseguimos.
Agora, o setor precisa se reunir com urgência, pois se aprovado um dos textos da Reforma Tributária que trata da tributação dos insumos agropecuário, isso pode comprometer a atividade produtiva em Mato Grosso e todos os estados produtores.
Com o resultado dessa eleição, o agro está órfão de representante que venha de dentro do setor. O risco é pelo fato de estarmos no celeiro mundial, que é Mato Grosso, como ficamos sem representantes na Câmara Federal. Toda a nossa força dentro do Congresso estará nas boas mãos do senador Carlos Fávaro.