Assessoria
O deputado estadual Diego Guimarães (Republicanos) afirmou na quinta-feira (27) haver “perda de tempo e logística” na distribuição dos kits escolares feita pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).
A fim de encontrar alternativas para aprimorar a distribuição dos materiais escolares em Mato Grosso, Diego reuniu-se durante a manhã com lideranças sindicais e representantes comerciais. Neste ano, o sistema estadual de educação teve 325 mil matrículas e um investimento de R$ 12 milhões na aquisição do material para ensino.
O parlamentar defende que o Governo do Estado adote a distribuição de um voucher com valor disponibilizado para as famílias comprarem os materiais escolares. Diego considera que, dessa forma, os recursos serão investidos em comércios locais em vez de destinados à empresa vencedora da licitação.
“O kit escolar é uma conquista do povo, ninguém é contra, mas sou favorável ao aprimoramento no modelo de implantação. Sabemos que há perda de tempo e logística. Queremos fortalecer o comércio local e a personificação da criança, possibilitando comprar um material escolar de maior incentivo e agrado”, considerou.
“Não podemos analisar somente o custo. Obviamente, a empresa que ganha licitação consegue praticar um preço menor se comparado ao dono de uma papelaria de Guarantã do Norte, por exemplo, mas a política precisa ser para os dois lados: para quem recebe o kit escolar e para quem tem a demanda da venda, gera emprego e renda”, acrescentou.
Diego também disse que as famílias dos estudantes relataram atraso na entrega dos kits escolares. Para o deputado, essa condição mostra a “ineficiência” do atual modelo de distribuição.
“Uma das demandas que recebemos dos pais das crianças é que o kit escolar não chegou e estamos findando o primeiro mês letivo de 2025 (fevereiro), então isso demonstra que o modelo da distribuição é ineficiente ao ser centralizado”, acrescentou.
Por fim, o parlamentar afirmou que Estados como Rio Grande do Sul e São Paulo – além do Distrito Federal – são adeptos da aquisição dos materiais escolares mediante voucher. Ele defende que o funcionamento nessas regiões seja estudado a fim de viabilizar a implantação em Mato Grosso.
Análise do Estado
A Secretária Adjunta de Gestão Regional da Educação, Mozara Zasso Spencer, afirmou que o Governo do Estado não está “fechado” à adesão da aquisição dos materiais escolares via voucher.
Mozara, contudo, defendeu que seja feito um amplo debate antes de reformular o modelo.
“Queremos fazer o melhor, então visitamos muitos Estados para tentar melhorar o nosso processo. Não estamos fechados [à opção], acredito que dará certo, mas temos arestas para fechar e não podemos fazer sozinhos. Temos que sentar e ver como podemos resolver”, completou.