Jornal Mato Grosso do Norte
Reportagem MT Norte
O afastamento do prefeito Asiel Bezerra (PMDB) foi o principal assunto dos vereadores de Alta Floresta na primeira sessão ordinária da Câmara Municipal após o recesso de fim de ano, que foi realizada na manhã de quinta-feira, 19.
O vereador Oslen Dias , o Tuti (PSDB) usou palavras pesadas em seu pronunciamento ao referir aos secretários que foram afastados da prefeitura pelo prefeito interino Ângelo Campos. “Sou da base do Asiel e estou torcendo para ele voltar para a prefeitura. Mas se quando ele voltar chamar novamente esses secretários que foram exonerados, estará afrontando a sociedade”, declarou o tucano.
“O Asiel não pode administrar o município rodeado de ‘tranqueiras’, de malandros. Ele tem que administrar com gente boa. Esse pessoal não pode fazer parte de uma administração. Torço para o prefeito Asiel, mas espero que ele tenha um novo ritmo”, enfatizou.
Tuti disse que Asel Bezerra é uma boa pessoa, mas foi engessado pelos secretários, que não queriam o bem do município. “Os secretários que foram exonerados estão envolvidos nas denúncias que foram feitas no Ministério Público. O Asiel não pode trazer este pessoal de volta para a prefeitura. Espero que ele volte, mas que os novos secretários que foram nomeados, que são funcionários de carreira da prefeitura, permaneçam”, disse Tuti.
O vereador Paulo César Chardulo, o Paulinho Jiló (PROS) afirmou que o prefeito interino está rompendo os contratos com empresas e pessoas fisícas que tem maquinários e veículos locados na secretaria de Obras. “É um absurdo e vergonhoso esses esquemas existentes na secretaria de obras. Isso tem que acabar. Se o Ângelo ficar, a Câmara tem que cobrar dele. Se o Asiel Voltar, temos que defender o povo. Não deixar essas pessoas que não tem compromisso e nem competência, ficar na prefeitura”, declarou Jiló.
O vereador Bernardo Patrício disse que diversas vezes aconselhou o prefeito Asiel Bezerra sobre a situação da prefeitura. No entanto, ele disse que o prefeito preferiu ouvir alguns secretários que diziam que tudo estava bem. “O prefeito não quis ouvir os vereadores e acabou acontecendo isto (o asfatamento)”, observou.
Bernardo afirmou que não acredita que a prefeitura de Alta Floresta está quebrada. Para ele, o que falta é gestão. “Há 20 anos falam que a prefeitura está quebrada. Mas se tivesse, já teria fechado as portas. Não acredito que um município do tamanho de Alta Floresta não tenha dinheiro nem para comprar óleo. O que falta e gente competente e séria na administração”, asseverou.